domingo, 17 de maio de 2020

Mélancolie

Sinopse: "Mélancolie" é um livro sobre amor em forma de poesias, as quais contam sobre o desenvolvimento de uma flor, dividido em quatro partes da vivência da vida. A autora reúne poesias escritas ao longo de seis anos de sua vida. O objetivo do livro é transformar o olhar do leitor sobre o amor, o conduzindo para o amadurecimento.

Gosta de poesias? Venha conhecer a mais nova obra da poetisa Giovana de Carvalho Florencio. Administradora do Blog O Diário da Poetisa, já tem um romance publicado chamado de O Muro Invisível e poesias publicadas em coletânias da Editora Chiado.  Aprecie essa publicação independente e incentive a literatura nacional por um preço super acessível.

Vendas pelo Hotmart nessa semana, link será postado aqui: 

quinta-feira, 23 de abril de 2020

Recomeços

Por muto tempo eu me afastei
Perdi-me em mim mesma
Achei que tinha achado um lar
Mas na verdade estava a cair
Às vezes a gente se engana
Com aquela palavra diz que"ama"
Mas a verdade é somos puramente
Sozinhos com Aquele que não mente
Agora se encontra em suas loucuras
Recomeça as aventuras
- Saiba nunca se perder 
E caso aconteça, se encontre
Sua história tu recontes
Poderá saber viver


segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Como publicar um livro independente?

Entre erros e acertos posso dizer que finalmente aprendi sobre como publicar um livro de forma independente. E hoje venho aqui contar do porque fiz essa escolha e o que aprendi nesse caminhar.
1) Porque resolvi publicar de forma independente?
Uma das razões que me levou a optar pela publicação independente é que andava muito insatisfeita com o mercado editorial. Há alguns anos observo uma restrição cada vez mais em relação aos autores iniciantes no Brasil, a publicação patrocinada praticamente se restringe aos que já são populares ou artista. Agora, as editoras médias e menores exigem uma contraprestação mínima inicial que nem sempre agrada o bolso, podendo ser arriscada e com contratos pouco flexíveis. Eu sinceramente respeito o trabalho das editoras, mas atualmente não se enquadrava no meu objetivo final.

2) Passo a passo para publicação independente:
TENHA SEU LIVRO FINALIZADO
Feito é melhor do que perfeito! Um dos melhores conselhos que ouvi na vida, finalize o livro e mande bala no resto. Não, você nunca vai ficar totalmente satisfeito.

FAÇA UMA CORREÇÃO GRAMATICAL, PAGUE UM PROFISSIONAL DE PREFERENCIA
Corrija, corrija, uma, duas, dez vezes se for preciso, e acredite, mesmo depois de tudo isso, você vai achar mais erros! Pague um profissional para te orientar e fazer indicações técnicas, se esse é seu primeiro livro, aceite que você está longe de dominar a língua portuguesa e estrutura literária.

REGISTRE NA EDA E ISBN
Que raios é EDA? Calma, é só o Escritório de Direitos Autorais da Biblioteca Nacional! Não é obrigatório ter o registro para publicar o livro, mas é uma segurança, um documento sério para caso em um remoto caso te roubem a obra. Custa apenas 20 reais, a remessa no correio, a impressão e paciência. O passo a passo pode ser encontrado no site: https://www.bn.gov.br/servicos/direitos-autorais.
E o ISBN é essencial? Sim, caso queira vender comercialmente o livro é essencial, para escritores independentes vai sair mais caro, porque precisará fazer um cadastro editoral (restrito a 30 obras), e taxa sobre a criação de código de barras ou itens que queira que eles façam. O código é como o CPF do livro, só que de valor internacional. Site: http://www.isbn.bn.br/website/conteudo/pagina=6

DIAGRAMAÇÃO
Resultado de imagem para bok2 modelo ficha catalográficaÉ, o trabalho pós escrita é bem mais trabalhoso do que espera, né? Eu entendo plenamente, mas acredite, é o que faz um livro ser um livro. Você precisará estudar a estrutura de livros fazendo comparações e aprender um pouco de word, porém, eu garanto que no fim é muito satisfatório.
Ah, caso queira vender seu livro em sites na internet, não se esqueça de fazer a ficha catalográfica (que é como o perfil literário da obra), você pode pagar para a ISBN fazer ou aprender sozinho no site da UNB (o qual utilizei).

FAÇA SUA CAPA - SIM, PAGUE UM DESIGNER
Entendo como seja tentador utilizar um Canva e economizar um dinheiro, contudo, acredite em mim, a qualidade da capa agrega muito valor a obra. Quantos não compram o livro pela capa? Pague um designer, de preferência que tenha feito outras capas antes.

CRIE UM MARCA-PÁGINA
Hoje em dia existem inúmeras gráficas que fazem marca-páginas super em conta (como a Esquenezi), pode optar por fazer a arte ou pagar para um profissional. O marca-página é um excelente presentinho e agrega valor ao livro.

REVISE DE NOVO- DE PREFERÊNCIA APÓS LEITURA DO LEITOR BETA
Antes da publicação definitiva de o livro para um leitor beta avaliar. Quem o leitor beta? Sabe aquele seu amigo que é ávido leitor, ou aquele conhecido que lê 10 livros por mês (não precisa ser tanto), esse mesmo! Ele te dará uma visão realista da obra, e te prepara para o feedback dos leitores.

FAÇA UM BONECO E ORÇAMENTOS
Prepare seu livro, revise, salve em PDF, e faça orçamentos. Orçamentos e mais orçamentos até saber o que realmente vale a pena.

FAÇA UMA REMESSA DE ACORDO COM SUA DEMANDA
Não ache que vai vender 100 exemplares em um mês, não se endivide por causa disso. Sabe, não vender de cara não significa que você não tem talento, apenas que ainda é um desconhecido, e quem era Beethoven ou Van Gogh quando jovem?

VENDA NO MARKETPLACE
Recomendo altamente para escritores independentes que se cadastrem em plataformas digitais que vendem por demanda, te torna livre para vender no Brasil todo e sem preocupações.

NÃO SURTE! OU SURTE UM POUCO!
Apesar de saber que tudo transcorreu normal, surtei, e ainda estou tensa com tudo isso, afinal, é um lance de fé. Mas tudo bem, vai ficar tudo bem.



sábado, 17 de agosto de 2019

Sobre a Hiper-Sexualização Social


Esse provavelmente é um dos textos mais polêmicos, ou diverso eu diria, que eu já postei nesse blog. Porém, devido à algumas observações que tive nos últimos tempos, alguns até de cunho social, senti a necessidade de trazê-lo a tona. Portanto, começo nosso texto já questionando, você é um ser sexual? O que isso significa?
Não sei quantos de vocês se deram conta, mas o sexo é além de assunto controverso, muito falado.  Onde quer que vá, sempre rola uma piadinha de cunho sexual, e os filmes e as músicas estão inundados de referências. E no caso, se você não se sentir confortável com isso, todo mundo tende a pensar: Hmm... Mal amado...
Porque vamos ser bem realistas, todos já ouvimos aquela brincadeira básica de: é falta de... Ora ora, meu caro, o ser humano, via de regra, é um ser sexual, mas isso não significa nem poderia resumir tudo o que somos e como estamos. Porém, as vezes me questiono se essa hiper-sexualização não significa exatamente uma obrigação. Por vezes penso até que a limitação sexual que preponderou até meados do século XX, transformou-se em liberdade para se subverter em escravidão, uma nova escravidão.
Como esse texto é subjetivo, peço licença para dar minha opinião pura e plena pessoal. Quando entrei na bendita fase chamada puberdade, percebi o nascer das conversar sobre beijo, namoro, ficantes e afins, tudo isto entre pré-adolescentes. Isto é, não que já na infância os adultos não nos perguntassem sobre os namoradinhos e etc, mas acho que não levávamos muito a sério.
Mal me dei conta quando o sexo já se tornara assunto banal para o mundo ao meu redor, mais do que comum. Sinceramente, nunca me importei em abordar sobre o tema, desde que não incidisse sobre a minha esfera pessoal, por óbvio. Então, foi quando me dei conta como os adolescentes tinham curiosidades e sede por saná-la, pois bem, olhando friamente, é isso que leva a maioria de nós a adentrar nas esferas da sexualidade.
Não vejo problema em que o jovem queira adentrar em tal seara. Apenas não acho saudável que tal entrada seja por pressão social sufocada por estigmas, medos ou influência demasiada externa. Sua sexualidade é valiosa demais para que a use sem fundamento, ouvir dos outros o que deve fazer e como, sem filtrar, o que não me parece apropriado. Para o direito, diria que sexualidade é direito indisponível, intransponível e basilar do ser humano.
No mais, tenho minhas próprias considerações sobre pornografia ou dos limites da sexualidade na arte. Porém de fato, não posso esconder a banalização da sexualidade. Sexo: tão controverso, ou algo casto enclausurado em uma bolha e exaltado, ou visto como a salvação dos males do mundo ou ainda como esporte recreativo vendido em revistas e vomitado em indiretas diárias.
Portanto, esse texto de cunho não moralizador, e sim conscientizador, trás o conceito artístico de sexo, como natural. Assim como artista pinta o nu, como o poeta escreve o amor em forma de poesia, sexo não pode ser apenas mais um tabu, nem sexualidade ser apenas teoria. Piada é ser massa de manobra do que impõe a sociedade. Sexualidade não é objeto de normas, mas cada um tem a sua, até o direito de não colocá-la em termos. Se for preciso criar termos como assexualidade, por exemplo, para mostrar e expressar o que se é, que seja. Cada um se sente melhor do eu jeito, e se não te incomoda na razão, para de preocupar quem, como, se, e porque tem ou não desejo. Escolha seu melhor caminho, mas principalmente, use a consciência, respeite seu tempo e contexto.

sexta-feira, 21 de junho de 2019

Privilégio - O que aprendi no Leia Mulheres

Desde o começo do ano comecei a participar de um grupo de leitura chamado de "Leia mulheres", neste lemos livros de vários gêneros e formais, escritos especialmente por mulheres. O projeto caiu como uma luva para mim, afinal meu objetivo esse ano não é ler muitos e muitos livros, mas diversificar minha leitura e dar espaço para as obras femininas. O desejo surgiu quando após ler uma postagem de outro blog parei para analisar minha estante de livros e percebi que majoritariamente eram escritos por homens.
Resultado de imagem para kindred laços de sangue
Nesses últimos meses participando do grupo pude ler diversos livros, desde ficção científica até romance "chick lit", os quais nunca pensava que leria. No último mês em especial lemos a obra "Kindred- Laços de Sangue", na qual observamos de forma latente a desigualdade racial e sexual. A história conta sobre Dana, uma mulher negra, que vive na década de 60 nos Estados Unidos e se vê misteriosamente em uma viagem no tempo para reencontrar seus ancestrais.
O principal da história é o choque de realidade, a protagonista como uma mulher negra no passado sofre grandes dificuldades e começa a compreender como os negros permitiam a subjugação. Na verdade, eles não tinham poder para bater de frente, nem contradizer a sociedade. Octavia E. Butler demonstra no livro que tudo é uma questão de luta de poder, e muito, sobre privilégio.
Resultado de imagem para a mão esquerda da escuridãoO mais curioso é que a situação de privilégio encontra-se presente em outras obras, podendo ser visualizada pela dicotomia sexual, como no livro "A mão esquerda da escuridão". A obra também de ficção científica me impactou por trazer a realidade de um planeta em que os gêneros e sexos eram equiparados, por todos serem assexuados, exceto em período específico do ano. O choque de realidade e a literatura feminina vem para mostrar as desigualdades sociais, e que o feminismo não é "mimimi", mas sim, uma importante reflexão a ser feita. A igualdade de gênero e os privilégios intrínsecos socialmente precisam ser discutidos. 
Gostou da ideia, quer conhecer, procure no Instragram Leia mulheres, cada estado possui seu próprio grupo. Conheça, leia, e principalmente, ajude a quebrar privilégios meramente físicos.

sexta-feira, 19 de abril de 2019

A felicidade mora em você

Durante alguns anos quando era mais nova me sentia inconformada correndo atrás da felicidade. Você já se sentiu assim? No meu caso, eu tentava entender o que era a felicidade e sua importância em nossas vidas, fazendo pesquisas e lendo várias perspectivas. E imagine só, encontrei um punhado de respostas, inúmeros filósofos e teóricos apresentaram seu próprio ponto de vista. No entanto, nenhum deles parecia chegar de verdade ao cerne da questão.
Epicuro, um dos primeiros filósofos relatados a tratar da situação, apresenta a felicidade como algo a se conquistar, por meio de amigos, moderação dos prazeres e ausência de dor. Ora, acho um tanto quanto difícil afirmar que a felicidade provém da ausência de dor, uma vez que a dor faz parte do nosso dia a dia, e fugir dela seria como fugir da vida.
Ainda, encontrei quem dissesse que a felicidade estaria em um grande amor, ou em grandes amizades, mas me dei conta de que era contraproducente esperar que o outro te fizesse feliz. Hoje após anos, escutei de alguém quem muito amo uma frase que muito me fez refletir: "Amor é sobre compartilhar. Divida suas dores e alegrias comigo que te ajudarei a tornar o fardo mais leve". De fato, soube que o amor conspira a favor da felicidade, só que ele não é a chave para alcançá-la...
Também tentei encontrá-la em ações sociais, de fé ou de carreira, parecia tão nobre e agradável que ela deveria estar lá. Porém, infelizmente percebi que não bastava estar nos lugares e fazer atos louváveis, pelo menos de nada adiantava isso se não estivesse bem emocionalmente. 
E por fim, depois de tudo isso, cansada de procurar, sentei e comecei a ler um livro chamado "O Pequeno Príncipe". Depois que terminei de lê-lo com lágrimas nos olhos, entendi duas grandes lições, nós somos responsáveis pelo que cativamos, e daí vem o valor de servir, amar, e cuidar. Mas principalmente, percebi que o essencial é invisível aos olhos. Aquilo que está dentro de nós, o que somos, o que sonhamos, nossos propósitos e nossos valor compõe o que temos de mais precioso, e quando entendemos e amamos quem somos não precisamos de muito mais. A felicidade não mora ao lado, ela mora em você.

domingo, 31 de março de 2019

A Pessoa Perfeita

Ela era perfeita, uma das pessoas mais inteligentes que conhecia
Era aquela pessoa admirável, de deixar o queixo cair
Quado pensava na pessoa que deseja, sabia quem era
Alguém de quem não iria discordar em nada

Nós basicamente não brigaríamos, pois éramos ideais
Alguém que não me desagradasse, nem eu irritasse
Sem dúvidas, diferenças grandes ou nada dificultoso
Ah, o amor seria muito fácil e pleno

Bem, como seria a pessoa perfeita, não é mesmo?
Uma  pena que a verdade é que ela não existe
Ou melhor, existe sim, sou eu mesma
A pessoa com quem concordo sobre tudo

Oh, estive a me buscar e nunca me achei?
Na verdade é pior, estive a procurar o que sempre tive
Nós dois sempre fomos um, eu sempre me fui
Entendendo pude enfim aprender a amar o imperfeito