Esse provavelmente é um dos textos mais
polêmicos, ou diverso eu diria, que eu já postei nesse blog. Porém, devido à algumas observações que tive nos últimos tempos, alguns até de cunho social, senti a necessidade
de trazê-lo a tona. Portanto, começo nosso texto já questionando, você é um ser
sexual? O que isso significa?
Não sei quantos de vocês se deram
conta, mas o sexo é além de assunto controverso, muito falado. Onde quer que vá, sempre rola uma piadinha de
cunho sexual, e os filmes e as músicas estão inundados de referências. E no caso,
se você não se sentir confortável com isso, todo mundo tende a pensar: Hmm...
Mal amado...
Porque vamos ser bem realistas,
todos já ouvimos aquela brincadeira básica de: é falta de... Ora ora, meu caro, o ser humano, via de regra, é um ser sexual, mas isso
não significa nem poderia resumir tudo o que somos e como estamos. Porém, as vezes me questiono se essa hiper-sexualização não significa exatamente uma obrigação. Por vezes penso até que a limitação sexual
que preponderou até meados do século XX, transformou-se em liberdade para se
subverter em escravidão, uma nova escravidão.
Como esse texto é subjetivo, peço
licença para dar minha opinião pura e plena pessoal. Quando entrei na bendita
fase chamada puberdade, percebi o nascer das conversar sobre beijo, namoro,
ficantes e afins, tudo isto entre pré-adolescentes. Isto é, não que já na infância os
adultos não nos perguntassem sobre os namoradinhos e etc, mas acho que não levávamos
muito a sério.
Mal me dei conta quando o sexo já
se tornara assunto banal para o mundo ao meu redor, mais do que comum. Sinceramente, nunca me importei em
abordar sobre o tema, desde que não incidisse sobre a minha esfera pessoal, por
óbvio. Então, foi quando me dei conta como os adolescentes tinham curiosidades
e sede por saná-la, pois bem, olhando friamente, é isso que leva a maioria de nós
a adentrar nas esferas da sexualidade.
Não vejo problema em que o jovem
queira adentrar em tal seara. Apenas não acho saudável que tal entrada seja por
pressão social sufocada por estigmas, medos ou influência demasiada externa. Sua
sexualidade é valiosa demais para que a use sem fundamento, ouvir dos outros o
que deve fazer e como, sem filtrar, o que não me parece apropriado. Para o direito, diria
que sexualidade é direito indisponível, intransponível e basilar do ser humano.
No mais, tenho minhas próprias considerações
sobre pornografia ou dos limites da sexualidade na arte. Porém de fato, não posso
esconder a banalização da sexualidade. Sexo: tão controverso, ou algo casto
enclausurado em uma bolha e exaltado, ou visto como a salvação dos males do
mundo ou ainda como esporte recreativo vendido em revistas e vomitado em
indiretas diárias.
Portanto, esse texto de cunho não moralizador, e sim conscientizador, trás o conceito artístico de sexo, como natural. Assim como
artista pinta o nu, como o poeta escreve o amor em forma de poesia, sexo não
pode ser apenas mais um tabu, nem sexualidade ser apenas teoria. Piada é ser
massa de manobra do que impõe a sociedade. Sexualidade não é objeto de normas,
mas cada um tem a sua, até o direito de não colocá-la em termos. Se for preciso
criar termos como assexualidade, por exemplo, para mostrar e expressar o que se
é, que seja. Cada um se sente melhor do eu jeito, e se não te incomoda na
razão, para de preocupar quem, como, se, e porque tem ou não desejo. Escolha seu melhor caminho, mas principalmente, use a consciência, respeite seu tempo e contexto.
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