segunda-feira, 16 de junho de 2014

Momento Literatura II

Romantismo

O Romantismo brasileiro surgiu em 1836 com a publicação de "Suspiros Poéticos e Saudades" de Gonçalves de Magalhães. Se desenvolveu no Brasil durante o séc. XIX.
A característica principal da Poesia Romântica é a expressão plena dos sentimentos pessoais, com os autores voltados para o seu mundo interior e fazendo da literatura um meio de desabafo e confissão.
Esse período foi dividido em três gerações:
1ª Geração  - conhecida também como nacionalista ou indianista. Destaca-se nesta fase os seguintes escritores : Gonçalves de Magalhães, Gonçalves Dias, Araújo Porto Alegre e Teixeira e Souza.
2ª Geração - conhecida como Mal do século, Byroniana ou fase ultra-romântica. Os escritores desta época retratavam os temas amorosos levados ao extremo e as poesias são marcadas por um profundo pessimismo, valorização da morte, tristeza e uma visão decadente da vida e da sociedade.  Podemos destacar os seguintes escritores desta fase : Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu e Junqueira Freire.
3ª Geração - conhecida como geração condoreira, poesia social ou hugoana. textos marcados por crítica social. Castro Alves, o maior representante desta fase, criticou de forma direta a escravidão no poema Navio Negreiro. 
Inspirada por essas gerações escrevi um poema que abrange as principais características do período.

Evolução do Romantismo
"Há uma pena. Há uma pena sobre a mesa.
Resmas salgadas, ideias doces na cabeça!
Existem palavras, que pulsam e brilham.
Existe um sussurro do vento, em meu ouvido.

Sob a luz da candeia, algo escrevo.
As palavras fluem, a natureza descrevo.
Lembro da minha terra de palmeiras e dos tupinambá!
Narro a natureza, nos primórdios do Brasil, que há!

A noite chega fria, na taverna vou ficar,
A beber minha vida vazia, e em minha donzela pensar...
Sonho com sua pele macia, seu nome começo a sussurrar,
Não há prazer que supere a voluptuosidade do seu olhar.

Byron que me perdoe, mas como frívolo sou,
 Mudarei de interesse, falar de escravidão eu vou!
Como sofrem os escravos, sem direito de sorrir,
Como são maltratados, abolicionista sou aqui!

No entanto, cordial leitor, a meia noite vem,
E antes de dormir lembro-me daquela menina,
Mais formosa que a rosa, aquela moreninha!
Amanhã hei de contar nossa prosa de amor....

Agora já me vou, pois o dia já findou..."
 Giovana de Carvalho Florencio


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