Era
quase meio dia, o sol brilhava no horizonte. Eu olhava pela janela do carro
enquanto minha mãe esperava o sinaleiro abrir. Naquela manhã, eu e minha mãe
fomos até o centro da cidade comprar um vestido para eu ir a uma festa. E após
as compras lá estava eu, filosofando na janela.
A
primeira imagem que vi foi de uma cidade poluída e cheia de prédios, era feia.
Mas de tudo o que mais chamou a minha atenção foi uma família. O que ela tinha
de diferente?Era uma família- pai, mãe e filha- de mendigos. Eles não estavam
tristes, pelo contrário, sorriam. Apesar de sujos e com vestes rasgadas não
senti pena, o que senti foi raiva, raiva dessa sociedade injusta.
O pai
mostrou uma sacola plástica. A face da filha estava radiante. A mãe abriu a
sacola e dela retirou um pão, o qual entregou nas pequenas mãos da menina, que
devia ter seus 8 anos. A garotinha apertou trêmula o pão e deu a primeira
abocanhada. Eu era a única pessoa que os observava.
Como
uma pessoa podia viver daquela forma?- pensei, porém não obtive resposta.
Naquele momento, uma criança carregava lixo reciclável em um carrinho. Era
apenas um menino, que deixou seu carrinho cair e viu boa parte do lixo tombar.
A menina largou o pão imediatamente e foi ajudar o jovem.
Porém,
todos os outros que passavam na rua riam e conversavam, como se só existisse
seu próprio mundo. Foi então nesse dia quando conclui como sempre haverá
injustiças enquanto o ser humano for egoísta. Diga-se ainda, enquanto
ignorarmos tudo e todos e viver apenas para nós mesmos.
Giovana de Carvalho Florencio
Gostei muito do post.. Retratou bem a situaçao atual da sociedade.
ResponderExcluirQue bom que gostou!! Beijos...
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