Discordar, mas respeitar
As muitas revoluções que existiram, tal como a Francesa, o
surgimento da sociologia e de vários teóricos foram passos decisivos para uma
das maiores conquistas do homem moderno: a liberdade de expressão. Expor a sua
opinião e inclusive criticar é um direito conquistado em muitos países. No
entanto, será que existe algum limite para essa liberdade?
Recentemente, o país de uma das mais famosas revoluções
serviu de palco para o atentado ao jornal Charlie Hebdo (e posteriormente os
ataques de Novembro em Paris). Pelo que sabemos, os assassinos decidiram se vingar
dos insultos dos cartunistas à religião. Ambos os lados tiveram sua parcela de
culpa, matar é crime, mas desrespeitar a opinião- no caso a religião- do
próximo também não é certo.
No Brasil, a conquista da liberdade de expressão é recente.
Durante a ditadura militar, a população foi reprimida e impedida de mostrar o
seu ponto de vista. Quem se opunha a isso, podia ser preso, deportado ou até
morto. Dessa forma, é possível perceber como atentados à livre expressão
ocorreram e ainda ocorrem por toda parte. Hoje vivemos em um estado laico e
democrático, o que não significa que podemos ofender o outro, independentemente
de qual lado da situação nos encontremos. Afinal, a ofensa e o deboche ferem as
pessoas e podem ter consequências catastróficas.
Para conviver em sociedade é preciso de um limite. Porque
todos somos diferentes e possuímos as mais diversas opiniões, as quais merecem
respeito. Este que nada mais é do que o bom senso ao expor sua visão. Ou seja,
é possível discordar sem ofender, até porque a liberdade não nos isenta das consequências.
Assim como as nossas crenças não devem ferir ninguém. Há uma linha muito tênue entre
a civilidade e a barbárie, esta corda pode ser rompida quando entramos no
espaço alheio. Acima de tudo é vital a participação
do indivíduo no bom uso da liberdade, até porque, direitos e deveres são uma
via de mão dupla.
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