Data de lançamento: 15 de fevereiro de 2018
Duração: 1h 35min
Direção: Greta Gerwig
Gêneros: Drama, Comédia
Nacionalidade: EUA
Sinopse: Christine McPherson (Saoirse Ronan) está no último ano do ensino médio e o que mais deseja é ir fazer faculdade longe de Sacramento, Califórnia, ideia firmemente rejeitada por sua mãe (Laurie Metcalf). Lady Bird, como a garota de forte personalidade exige ser chamada, não se dá por vencida e leva o plano de ir embora adiante mesmo assim. Enquanto sua hora não chega, no entanto, ela se divide entre as obrigações estudantis no colégio católico, o primeiro namoro, típicos rituais de passagem para a vida adulta e inúmeros desentendimentos com a progenitora.
Opinião: Lady Bird é um filme diferente, inegavelmente curioso e divertido, e principalmente, é um filme sobre a natureza do ser humano. Não vou negar, não achei o impacto do filme tão grande quanto poderia ser e particularmente acredito que outros do gênero são mais marcantes, por exemplo, "Boyhood" ou "Call me by your name". No entanto, não posso mentir, nossa Lady tem seu charme.
Uma moça adolescente no início dos anos passa pela fase de descobertas da vida. Cercada por tradição, religião e uma mãe 2000 bastante protetora ela quer ser dona de si mesma. Se auto intitula Lady Bird, nome próprio, literalmente próprio. Encontra-se meio a dúvidas acerca do futuro, afinal, para qual Universidade ir? O que é o amor? O que é o prazer? Como é ser o centro das atenções, ao menos um pouco?
A atriz Saoirse Ronan consegue trazer leveza e credibilidade para a personagem, o que basicamente é um dos fatores principais para o sucesso da trama. A personagem da mãe é tátil e verossímil, alguém compreensível e por quem sentimos empatia. Infelizmente, apesar da boa direção e protagonistas fortes os outros personagens não marcam bastante para serem relembrados, visão de quem viu o filme há alguns meses já e lembrou-se esporadicamente com saudosismo. Mas não, não pense que isso desmerece o filme, o protagonismo da relação filha e mãe, de fato, se mostra ser o pilar central da obra.
O longa com seu ar de realismo nos busca para mostrar a natureza do cotidiano e a vida de uma garota comum. O grande destaque é o próprio realismo da obra e a empatia com o roteiro, talvez pela relação da diretora do longa com sua própria vivência. A trama não tem um grande clímax, mas aposta na naturalidade e singularidade que faz relembrar da adolescência com compreensão e saudade. Se foi por isso a indicação ao Óscar? Sim, com certeza. Nem sempre filmes devem ser sobre guerras, grandes romances ou reviravoltas. Às vezes tratar a vida como ela é pode ser a melhor coisa a se fazer. Aqui se trata apenas de ter Empatia, e é exatamente por isso que o recomendo.
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