Ben-Hur já era um daqueles filmes clássicos que estava na minha lista. Então, quando assisti o trailer da regravação definitivamente quis
ir ao cinema. Pra começo de conversa, um filme que tem corrida de bigas já
chama minha atenção, depois pela trama intrigante. Falaremos disso mais a
frente.
Data de lançamento: 18 de agosto de 2016
Direção: Timur Bekmambetov
Duração: 2h 04min
Gênero: Ação, Épica, Aventura
Nacionalidade: EUA
Sinopse:
Não recomendado para menores de 14 anos
O nobre Judah Ben Hur (Jack Huston), contemporâneo de Jesus Cristo (Rodrigo Santoro), é injustamente acusado de traição e condenado à escravidão. Ele sobrevive ao tempo de servidão e descobre que foi enganado por seu próprio irmão, Messala (Toby Kebbell), partindo, então, em busca de vingança.
Opinião: A meu ver o mais legal desse filme é
como ele é recheado de surpresas. Isto é, pra quem não assistiu a versão de
1959. Aqui no caso não faremos uma comparação entre as obras, porque essa não é
a intenção, vamos apenas analisar essa versão de 2016. E partindo desse
pressuposto, devo citar a bela fotografia que o filme trás. O figurino também
chama a atenção, considerando que a história se passa no primeiro século depois
de cristo. Ou seja, lidamos com romanos e seus elmos, os judeus e povos nômades
com roupas bem específicas da época. De modo geral, a parte técnica do filme
foi boa, no entanto, seria melhor se não tivesse falhado nos últimos 3 minutos
do longa, mas foi um erro tão bobo que deixarei você assistir para encontrar.
Por outro lado, quanto à atuação, gostei da maioria. Morgan Freeman
(Sheik Ilderim) está brilhante como sempre, não seria diferente. Rodrigo
Santoro impressiona a todos transferindo credibilidade ao personagem e sendo um
dos melhores "Jesus" que eu me lembro do cinema. Jack Huston (Bem-Hur)
desenvolveu um personagem interessante e de modo geral representou muito bem o
seu papel. Se tem alguém que me incomodou nisso tudo foi Toby Kebbell (Messala),
talvez fosse um personagem que exigisse mais em si mesmo, mas penso que o ator
poderia ter sido mais expressivo durante o longa. Se formos levar em contar os
primeiros 100 minutos do filme e as expressões de Messalla, diremos que ele mal
tem sentimentos.
Agora vamos deixar um pouco a tecnicidade dessa versão de lado e tratar
do enredo imortal. Pra quem não sabe a obra é inspirada em um livro do fim do
século XIX já retratado várias vezes no cinema e no teatro. A mensagem da obra
é de paz e fraternidade. Algo que vem muito a calhar nos dias de hoje com
tantas guerras e facções se disseminando pelo mundo. Em época de terrorismo,
Estado-Islâmico, a guerra sem fim da Palestina e Israel, os países
europeus que não acolhem ou não sabem como acolher mais imigrantes... Enfim, em
dias assim é preciso uma mensagem de paz.
Ben-Hur e Messala são irmãos de criação. Um dia, Messala, que era
apaixonado pela irmã de criação e era descendente direto de um dos traidores de
Júlio César, se sente rejeitado por todos. Dessa forma ele decide se juntar ao Exército
Romano buscando prestígio entre Romanos e superioridade entre Judeus. Graças a
uma oportunidade dada por Pôncio Pilatos, Messala se torna General e adquire
grande poder entre seu povo. Ao retornar a Jerusalém, ele está mais embrutecido
do que nunca e ainda guarda ressentimento da família de criação, pois se sentia
preterido. Quando se reencontram nem tudo corre as mil maravilhas e devido a um
deslize essa família que o criou cai em desgraça. Messala poderia escolher
puni-los ou não, mas ele os pune. E é a aí que se desenrola todo o sofrimento
da obra.
Ben-Hur passa anos como escravo em um navio em consequência disso tudo.
Quando por um acidente ele consegue se libertar encontra um nômade (Morgan
Freman) que o ajuda a voltar a Jerusalém e preparar sua vingança. De volta a
sua terra, ele descobre que sua mãe e irmã foram mortas, mas sua esposa
conseguira fugir e estava acompanhando um novo profeta (Jesus). Para tentar se
vingar de Messala ele com a ajuda do nômade vai competir uma corrida de bigas
contra o irmão em troca do perdão de Roma e liberdade. Essa briga estava
certamente fadada ao fim de um dos dois...
O fim da história se desenrola como num conto e ficará a critério seu
descobrir. A meu ver o melhor foi o posicionamento de Jesus nisso tudo, que é
tido como um personagem histórico e símbolo de esperança. Não é preciso ser de
nenhuma religião para se encantar com a obra. O final é claro que vai de
encontro com a mensagem que o autor queria passar. Mas vendo mais poeticamente,
sem ser tão literal, podemos dizer que o perdão é o que nos salva todo santo
dia.
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