Nos últimos dias, em especial, tenho sentido que tudo parece fluído e ao mesmo tempo como um redemoinho em que somos fulminados pelo eterno retorno. Mas deixando de lado minhas análises filosóficas, passo aos fatos, recheados de sociologia e muito otimismo, pois ainda me resta um resquício de esperança. Ser poetisa afinal é carregar água na peneira, Manoel de Barros sabia do que falava. Venho então nesse dia, para lhes recomendar duas leituras bem diversas, mas importantíssimas para refletirmos.
Sinopse: Um dos mais perspicazes pensadores da atualidade, Bauman nos revela a verdade oculta, um dos segredos mais dissimulados da sociedade contemporânea: a sutil e gradativa transformação dos consumidores em mercadorias. As pessoas precisam se submeter a constantes remodelamentos para que, ao contrário de roupas e produtos que rapidamente saem de moda, não fiquem obsoletas.
Bauman examina ainda o impacto da conduta consumista em diversos aspectos da vida social: política, democracia, comunidades, parcerias, construção de identidade, produção e uso de conhecimento. E dá especial atenção ao mundo virtual: redes de relacionamento, como Orkut e MySpace, não refletem a idéia do homem como produto?
Ano: 2008Páginas: 200
Editora: Zahar
Opinião: Ler "Vida para Consumo" fez com que minha mente se expandisse em um nível que não consigo explicar. Ao começar a ler essa obra, você vai finalmente entender o que é o mundo líquido, e os seres humanos como mero objeto de interesse. Bauman mostra como nossas relações modernas são baseadas no momento e no que podemos lucrar com elas.
As pessoas já não amam genuinamente, se interessam por aparência, pelo que o outro pode lhe dar algo em troca, pelo prazer, por poder andar com alguém do seu lado, e outros fatores egoístas. Pelo menos isso é o que o autor afirma. Seus dados mexem conosco e a mercantilização humana tão vívida no mundo ocidental chega a dar naúses.
Talvez entregar um livro desses para uma pessoa metida a filósofa e crítica nata seja pedir para brotarem filosofias e teorias conspiratórias, mas acho que são reflexões bem válidas. O mundo parece descartável, coisas, objetos, momentos e tudo mais. Pessoas mais apegadas são caretas, piegas, fora de moda ou no mínimo estranhas. Mas afinal, o que é mais estranho, se importar ou ser "hiper descolado(a)" e nunca se importar? Fica a reflexão e indicação de leitura.
Sinopse: Este é um livro diferente, porque é sobre alguém muito especial: você. É um espaço para você fazer coisas que vão colocar um sorriso no seu rosto e deixar sua vida mais alegre e feliz. São pequenas e grandes atitudes que vão lembrar você que tudo sempre pode ser melhor e mais divertido se a gente der uma chance, e que cada segundo da vida vale a pena até quando a gente tende a não a acreditar muito.
Este é um livro sobre amor, felicidade e alegria de viver. Mas ele só vai acontecer completamente se você topar embarcar nessa loucura fazendo-o seu de verdade. Cada minuto que você dedicar a estas páginas farão com que este livro se torne mais completo e mais seu. Então vem! E fica aqui um convite: fotografe e publique tudo o que você fizer no seu Livro do Bem nas redes sociais com tag #livrodobem. Porque o que é do BEM merece ser compartilhado!
Autoras: Ariane Freitas e Jessica Grecco
Ano: 2014
Páginas: 224
Editora: Gutenberg'
Opinião: Em contrapartida, o oposto de um livro ácido é um livro otimista, e diga-se de passagem que "O Livro do bem, Coisas para você fazer e deixar seu dia mais feliz" é essencial. Quantos dias estive triste ou amedrontada e abri essas páginas para ler algo bom ou escrever o quê sentia. Isso mesmo, esse livro é dinâmico, em que você é quem realizada as atividades.
Quando comprei, achei que poderia enjoar, fazer rápido como um desafio ou achar chato e nunca terminar. Porém, jamais diria que ele se tornaria meu substituto para o diário e registro de meus sentimentos. Quem diria, não é mesmo?
As autoras possuem uma página chamada "Indiretas do bem" na qual escrevem frases positivas para mandar aquela indireta para as pessoas. Pense bem, coisas para criticar temos um monte, e para elogiar também, às vezes você adora o jeito que certa pessoa mexe no cabelo e nunca falou porque acha que seria estranho. EI! Pare! Seja mais simpático, seja mais você, seja alegre, seja triste, só não seja cadeado de si mesmo!
Que coincidência! Um magistrado conhecido nosso citou na semana passada o filósofo Zygmunt Bauman falando sobre o tema da modernidade líquida. Ele ressaltou que a moral não mais existe, pois as pessoas não têm mais temor das consequências de não seguir o ato moral. Então, os paradigmas são líquidos, volúveis, mudam a toda hora. Interessante o tema, e agora descobri o livro que trata do assunto. Obrigado!
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