terça-feira, 31 de julho de 2018

Fantasia

Vestida de mulher, num corpo de magia
Recheada de doce de leite, chamado ambrosia
Ela é mais do que aparência e de espectros
Ela é uma espécime rara de flor africana
Pensamento de um senhor trépido
É aquela comida íbero-australiana

No fundo ela é um pouco de fantasia
Do que pensava, ouvia, escrevia e lia
É o jabuti frente a raposa lépido
É aquela espécia rara de ave americana
É uma roupa cara paga no crédito
Ela é tudo, mulher viva e que ama

quarta-feira, 4 de julho de 2018

O Papel da Parede Amarelo - Charlotte Perkins Gilman

O Papel de Parede AmareloAno: 2006 
Páginas: 112
Idioma: português 
Editora: José Olympio

Sinopse: Uma mulher fragilizada emocionalmente é internada, pelo próprio marido, em uma espécie de retiro terapêutico em um quarto revestido por um obscuro e assustador papel de parede amarelo. Por anos, desde a sua publicação, o livro foi considerado um assustador conto de terror, com diversas adaptações para o cinema, a última em 2012. No entanto, devido a trajetória da autora e a novas releitura, é hoje considerado um relato pungente sobre o processo de enlouquecimento de uma mulher devido à maneira infantilizada e machista com que era tratada pela família e pela sociedade

Opinião: Está tudo bem, está tudo bem, essas três palavras parecem permear forçosamente o início da trama. Uma mulher que entende ser amada por seu marido e não importa o quando ele a isole, cabe a ela entender que está tudo bem, ao menos é o que seu esposo médico lhe diz. Em época que a mulher pensar era visto como doença e que momentos de raiva chamados de histeria, nada mais normal.
O viés de terror, na verdade, nada mais é do que as dificuldades da realidade expostas pelo psicológico de uma mulher oprimida. A metáfora do papel de parede é essencial para elucidar a sensação de estar presa. A sensação ruim traga pelo mesmo reflete tão somente o estado emocional da protagonista.

Um livro simples,breve e denso. Escrito há mais de cem anos, esse conto trás a realidade de como a mulher era e por  vezes ainda é, sufocada seja pela sociedade ou pela sua própria família. Não perca a oportunidade de ler e entender esse breve e reflexivo livro!