segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

ADEUS ANO VELHO, FELIZ ANO NOVO!

365 DIAS.
Todo esse tempo se passou e você ainda sente ter muito para fazer? Ou pior, sente que não fez nada e não sabe o que esperar de 2019?
Sabe, nem sempre vamos chegar ao fim do ano com todos os itens da lista cumpridos, nem sempre tudo vai ser como esperamos ou desejamos, e está tudo bem.
Digo por mim, sinto que realizei muitas coisas em 2018, viajei com amigos, comecei a namorar, entrei em um novo projeto de extensão, conclui meu trabalho no outro projeto, realizei ações no Centro Acadêmico e um evento de que muito me orgulho, adotei dois cachorrinhos lindos, estudei e aprendi muito e principalmente superei muitos desafios.
No entanto, não sinto ter lido ou escrito tanto quanto gostaria, e também acho que poderia ter crescido mais na área profissional. Nada extremo, apenas aquele sentimento de poderia ter feito um cadinho mais.
Só que quando parei pensar na realidade do que vivi, entendo o porque de cada coisa ter sido como foi. Na minha perspectiva, algumas coisas não poderiam ter sido diferentes. E eu sei no meu íntimo que fiz o meu melhor.
Por isso que eu gostaria de aproveitar a oportunidade para dizer:  não se culpe! Mesmo que não tenha dado seu melhor em alguns aspectos, observe tudo o que fez e viveu. Seja a melhor versão de si mesmo, seja você mesmo! ESTÁ TUDO BEM, CADA COISA TEM SEU TEMPO!
2019 bate a nossa porta e pergunta o que queremos, queremos colocar metas realistas, sem pressão. Queremos lazer e saúde física e mental. Queremos uma vida que valha a pena!  O que você quer do seu ano novo?
Pense, sonhe e principalmente, faça o que estiver ao seu alcance para conquistar seus objetivos. Sempre com boas intenções e na medida das nossas forças iremos evoluindo pouco a pouco.
Por fim, aproveito o momento, para postar um trabalho que fiz em comemoração aos 5 anos de O DIÁRIO DA POETISA. Não é nada de mais, trata-se apenas da coletânea dos melhores textos dos últimos anos em que pude observar meu crescimento pessoal e na escrita. Tem vontade de ler mais esse ano? Te convido a conhecer meu material, totalmente gratuito e pode ser baixado a seguir, agradeço desde já pela atenção. Espero que te inspire como me inspirou:

https://www.freepdfconvert.com/d/HFYWZ0G6TI/Livro%20O%20Di%C3%A1rio%20da%20Poetisa.pdf?download=inline

domingo, 16 de dezembro de 2018

O Canário Acinzentado

Era uma noite quente e estrelada em que ele não parava de cantar na minha janela. Ele quem, menino? O canário, oras bolas, meu fiel companheiro Caramba! Como eu senti falta daquele cantar! Foi exatamente uma semana na praia o quanto estive longe da casa. Mas para ser bem sincero creio ter sido muito mais. Vocês já sentiram estar tão longe da realidade que é como se apenas seu corpo se encontrasse presente? Eu sim.
Há mais de um ao Pietro nos deixara, como um furacão e uma tempestade. Era uma noite quente e estrelada como aquela, e meu melhor amigo e irmão saíra para comprar chocolate. Se pensas ser chocólatra é que não o conheceu.
Às 21h 45 alguém bateu na porta, três vezes, não estava esperando ninguém. Será que Aline resolvera me fazer uma surpresa? Desci as escadas com um tanto de preguiça e olhei quem era pelo vão da porta. “Pietro?” Gritei embasbacado e rodei a chave.
Ele entrou rapidamente e trancou a porta novamente. Carregada o chocolate em uma mão e com a outra secava a testa. Nunca o vira tão tenso e suado, quiça quando pediu Marisa em namoro. “Está tudo bem?”; logo, perguntei.
-Não! Está vindo uma tempestade! – seus olhos estavam esbugalhados.
-Uma tempestade? Em BH? – dei uma gargalhada
- Sim! Uma tempestade! E você deveria se esconder! Quando olhei em seus olhos mais uma vez percebi que falava a verdade a menos, a sua verdade!
Corri para fechar todas as janelas do recinto. Pietro deixou o chocolate na mesa e foi buscar algo na dispensa. Os cadeados do meu pai! Surpreendi-me, porém, hesitei em questionar. Como um cadeado ajudaria em uma tempestade?
- Suba, feche tudo e se tranque no banheiro!
Obedeci meu irmão mais velho, como sabia ser o certo, ou pelo menos, acreditava ser. Perguntei por ele e recebi um “me obedeça” seco.
Corri para meu banheiro e tranquei a porta. Minha cabeça latejava como um relógio cuco batendo. Um ruído interrompeu meu pensamento, uma porta foi quebrada. Entrei em pânico, simplesmente não conseguia me mover. Um grito estridente ressoou pela cada, era Pietro!
Assim que processei os fatos desci correndo, mas era tarde demais. Pietro estava estirado no tapete, rígido e de olhos esbugalhados. Ao seu lado estava o canário, aquele que acompanharia todas minhas noites de solidão. 

terça-feira, 13 de novembro de 2018

Gente

A borboleta pousou na rosa branca, seus tons amarelos se destacavam na ausência de cor, que na verdade, é a união de todas as cores. Marina apreciava aquela cena da janela do seu quarto, queria tanto ir lá fora e aproveitar o dia. Mas não, ela não podia.

Já tinha falado trezentas vezes para a mãe que não tinha problema, ela era grandinha, saberia como se cuidar, mas não tinha jeito, dona Élia não deixaria sua princesa sair da sua bola de cristal. Era a mãe mais protetora que se pode imaginar. É, só que Marina entendia o porquê.

Lembrou-se rapidamente de um livro que havia lido há pouco, Estrelas Tortas. Walcyr Carrasco havia a inspirado muito com sua obra. Poucas vezes se sentira tão representada e compreendida. Era como se sempre fosse estranha, diferente, quando na verdade, só queria ser igual.

Considerava-se feliz apesar de suas primas nas festinhas de família olharem com pena. "Coitada, ela nunca vai saber como é brincar conosco". Ah se descobrissem que elas podiam brincar com ela...  Nada custava inseri-la na brincadeira, oras boas!

Inclusão, igualdade, é o que a lei fala, pessoa com deficiência, Marina sabia quem era, uma menina com uma deficiência. Nasceu com as perninhas paradas, e uma mente flutuante. Era cadeirante sim, mas muito mais do que isso, era gente igual a gente.

Não deveria haver porquês de medos, bolhas e impedimentos, a pessoa não é a deficiência! Marina é ela mesma, quem ela quiser!

segunda-feira, 8 de outubro de 2018

BOLSONARO X HADDAD: A que ponto chegamos?

Jair Bolsonaro e Fernando Haddad, candidatos à Presidência do Brasil nas eleições 2018Eis uma realidade cruel, abrir as redes sociais e ver brigas e mais brigas. O Brasil está polarizado. Mas sabe o que é o pior? O Brasil está polarizado pelo medo!
Alguns com medo de uma piora econômica, da mudança da estrutura social da sociedade e da corrupção. Outros estão com medo de um país extremista, do conservadorismo podar as diferenças socio-culturais e do regresso. O MEDO é o meio que os políticos tem utilizado há pelo menos um século para convencermos a votar neles. Sabe, eles nos tratam como um burro preso ao cabresto, nossas mãos são fantoches para eles, e sangue para nosso próximo.
Infelizmente tenho de dizer que não temos nova política nesse cenário, não, isso é velha política, ao menos no plano da presidência posso afirmar que não há nada novo. Esquerda? Você sabe bem os seus erros, estavam aqui agora há pouco. Direita conservadora? Sim, você sabe o que ela representa, a ditadura não foi há tanto tempo. Podem até fechar seus olhos para não ver, mas não é possível que não enxerguem, isso aqui é o jogo de sempre! E nós? Somos meros brinquedos. Ei, mas seja um brinquedo menos robótico e leia esse texto até o fim, veja os dois lados da moeda e não esmague seu próximo.

Agora, você que é direita, quer saber porque a esquerda tem tanto medo do BOLSONARO? Porque ele representa agressividade às minorias, e isso não há quem negue, seja por ignorância ou por falta de jeito, ele as agride em sua palavras, não uma nem duas, mas várias vezes. Sabe, e não sou eu falando, são os fatos, os depoimentos e falas infelizes. E algumas mentiras também, afinal, pra quem não sabe, "kit gay" era farsa, não acredita? Leia nos links em anexo!
"Mas Giovana, é apenas porque ele é tradicional!" Não meu caro, ser tradicional não deve significar ser repressor nem debochado. Se o mundo fosse invertido, e você homem ouvisse uma piada de que você foi uma "fraquejada" iria achar legal? Se você vivesse em um mundo oposto em que a maioria fosse homossexual e tirassem sarro da sua cara dizendo que você merece apanhar, acharia bom?
Eu sei, parece longe demais da realidade, só que pra muitas pessoas não é. Quem já sofreu algum bullying na vida sabe como é, repressão, ainda que psicológica, deixa marcas para a vida toda. Algumas pessoas, muitas na verdade, tem medo de terem seus direitos podados, de não poderem se beijar mais, se falar, se expressar, viverem com DIGNIDADE. E o medo meus caros, para essas pessoas, não é maior que o antipetismo.
Há muito tempo o ESTADO, um ser forte e imponente, surgiu na face da terra. Era ABSOLUTO monárquico e despótico, era um lugar sem direitos, onde a educação era privilégio e todos eram dominados pela aristocracia. 
Com o passar do tempo ele foi crescendo e amadurecendo, lutou bravas revoluções para chegar a puberdade, era LIBERAL, como querem hoje, direitos, liberdades e propriedade, mas naquele tempo não era para todos. Pois é, o Estado cresceu e se tornou um adulto, maduro, ou pelo menos devia ser... Era SOCIAL, direito igual para todos, e algumas diferenças para equilibrar outras diferenças, o Estado de Aristóteles, igualdade geométrica, distribuição proporcional. Mas ele falhou...
O Estado agora está se tornando um velho raquítico que não sabe para onde correr, Absolutismo? liberalismo? Os dois lados são regresso. A Brandeira do gigante está rasgada, ele acordou, mas não foi por um beijo de amor, e sim de ódio.


Esquerda também não é solução? Não bastasse a Guerra Fria, tudo parece estar se repetindo no mundo, aqueles que não conhecem a história estão Fadados a repeti-la. Quantas vezes não ouviu sobre ela? Quantas, meu Deus? Ouviu, mas não escutou! A "res" (coisa em latim) é pública, não privada, a ganância destroncou nossos dedos e só conseguimos nos sujar cada vez mais de sangue. 

O seu medo é de que sua família não seja como você imagina, os valores estão perdidos! Mas que valores? Que valores? Será mesmo que o mundo mudou tanto e não vi? Ou sempre foi assim, e agora graças aos direitos, as pessoas tem parado de se esconder e precisar serem hipócritas para se adequar.
A maioria tem medo, pois a minoria junto é grande, mas me diga, em nenhum aspecto nunca foi minoria? Em nenhum momento se sentiu repreendido? 
Sabe, o medo político é de se compreender, a economia tem estado em colapso, ano após ano, e que houve roubo, pra mim é fato incontestável. Quem roubou ou não, não vem em questão, porém, bandido não merece o poder, é claro.
Agora o pior de verdade é ver sempre o mesmo durante 20 anos, olhar para países do oriente médio e sentir que vivemos algo não tão diferente. Mas você sabe quem é o culpado? NÓS! O Brasil chegou onde chegou graças ao brasileiro.


Um livro recente que estive lendo sobre empreendedorismo falava que os dois maiores problemas do Brasil é a educação e a fome. Afinal, você consegue estudar com fome? E sabe, a fome reduziu nesses últimos 20 anos, mas a educação piorou. Durante a ditadura e como muitos esperam desse governo liberal é que melhore a educação. MAS DO QUE ADIANTA UM SEM O OUTRO, MEU DEUS? Desde que sou criança que enxergo o erro, basilar, claro, límpido e ignorado. Pão e circo? Não! Segregacionismo também não!


E agora, Giovana? Estamos numa sinuca de bico, a que ponto chegamos? Chegamos no fundo do poço, onde pessoas se veem obrigadas a votar por medo de apanharem e pessoas votam por medo da pobreza. No entanto, eu sou otimista demais para acreditar que tudo está perdido!

VOTE EM QUEM ACHAR MELHOR, REFLITA BEM NO QUE FALEI, MAS FAÇA MAIS, AJA! Agir como?

A nossa Constituição chamada de cidadã previu que esse dia chegaria, a democracia estaria em risco e a sociedade em conflito, por isso criou vários mecanismos que me fazem crer que ainda que qualquer um dos dois ganhe ainda teremos como nos salvar:

-CLÁUSULAS PÉTREAS: Para leigos, basicamente se trata de partes da constituição, tal como a formação da república e os direitos básicos das pessoas são irrevogáveis, não há lei, presidente, nem ninguém que possa derrubá-los, e devemos estar vigilante para qualquer ofensa a eles. No direito tem N mecanismos de defesas quando eles são feridos, ainda mais se diretamente ou por leis abusivas.
-Leis de iniciativas populares: A internet hoje abriu portas para propormos leis, isso mesmo, do cidadão. Nós podemos tomar iniciativa e obrigar nossos governantes a trabalhar para nós!
- Direito a protestar: Sempre, sempre, sempre temos o direto de protestar, se acharem ruim, façamos como Gandhi, resistência sem violência, greve e outros meios.
- Parar de acreditar em tudo que a mídia nos vomita: Procure se informar, estudar e entender a realidade, é bem reconfortante quando se descobre a imensidão de notícias ruins que são FAKE NEWS.
- Pare de reclamar e mude: Chega de pequenas corrupções! Trabalho, empreendedorismo e empatia são coisas que mudam o mundo. Falar mal dos outros não ajuda ninguém.

Por hoje é isso, comentários ofensivos serão denunciados, no mais estou sempre aberta ao diálogo.

Links úteis:
http://www.e-farsas.com/o-livro-aparelho-sexual-e-cia-faz-parte-do-kit-gay-distribuido-pelo-mec.html
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-45595033
https://www12.senado.leg.br/ecidadania/principalideia

domingo, 16 de setembro de 2018

EMPRESA JÚNIOR + ENEJ + OURO PRETO

Cerca de duas semanas atrás fiz uma viagem para a bela cidade de Ouro Preto, na qual participei de um evento chamado "ENEJ - Encontro Nacional das Empresas Juniores". 
Empresa Júnior, o que é isso? Uma Empresa Júnior é uma empresa gerida por universitários. Isso mesmo, os estudantes, com orientação de seus professores, desenvolvem projetos para atender ao mercado e desenvolver o empreendedorismo. 
Mas desde quando existe isso? O Movimento Empresa Júnior surgiu em 1967 na França e chegou ao Brasil no ano de 1988, onde encontrou solo fértil para geminar essa ideia. E desde então já foram fundadas mais de 6.000 empresas juniores por todo o país.
Bacana, Giovana! Porém, e como você foi parar nesse evento? Bem, eu fui para o evento pois faço parte de uma Empresa Júnior! No mês de março de 2017 participei do processo seletivo da VERUS- Consultoria Jurídica, e logo assumi uma posição de liderança, primeiramente como Coordenadora de Qualidade e depois como Diretora de Projetos. Então, no mês de junho desse ano deixei meu cargo para me tornar Conselheira e focar em outras áreas da vida, mas claro, de forma que ainda posso acompanhar o crescimento da empresa de perto e auxiliar sempre que possível.

O que aprendi no MEJ: Vocês devem estar se perguntando em que me acrescentou esse tempo dentro do movimento e da empresa, não é mesmo? Pois então, condensei meu aprendizado em cinco tópicos sucintos:

1) ME EXPRESSAR: Sempre fui uma pessoa tímida, apesar de tagarela quando entre amigos e bastante expressiva. A minha dificuldade era utilizar o potencial que eu tinha e equilibrar a timidez com meu crescimento profissional. Como potencial concurseira nunca me preocupei realmente com a necessidade de falar, mas tinha medo de que se precisasse advogar ou vender minhas obras literárias boca a boca eu travaria. 
Sim, algumas vezes quando eu ficava muito tensa, hoje acontece em baixa escala, eu simplesmente não conseguia falar. O medo de chegar nas pessoas, de dizer o que penso, de publicar meus trabalhos era muito forte. E estar em uma Empresa Júnior te obriga a lidar com outras pessoas e se desafiar, entrei completamente receosa e saí vendendo projetos. Acredita que na viagem estava vendendo meu livro e já contatei alguns profissionais para desenvolve-lo só pela desenvoltura que desenvolvi?

2)A VER A ESPERANÇA NOS OUTROS: Sou uma sonhadora nata como toda poetisa, porém, parte minha estava bem desencantada com a sociedade. Por vezes olho para a situação social, política e econômica do país e tenho vontade de sair correndo. Como pode haver tantas pessoas corruptas, pessimistas ao extremo e conformadas!
O empreendedorismo vai na contramão de tudo isso, é sobre acreditar. É mais, é sobre lutar por um país melhor, mais democrático, mais empreendedor e mais honesto. Os valores do MEJ e das pessoas que nele estão, porque sim, há um processo seletivo para participar do movimento, é maravilhoso. A sinergia de ver tanta gente com esperança nos faz ter esperança também!

3) A NÃO DESISTIR: Quantas milhares de vezes eu pensei em desistir? Tantos foram os dias que olhei no espelho e simplesmente não queria mais, não queria mais fazer tanta coisa ao mesmo tempo, não queria mais ser escritora, me perguntava se valia a pena sonhar tanto pelo concurso que almejo... 
E sabe, na Empresa Júnior também, várias vezes eu olhei para as metas, para o desafios e achei que não seria capaz. Mas a força do sonho e da perseverança me fez enxergar que não vale a pena desistir, o esforço compensa, ainda que gradualmente. Afinal, como diz o ditado "Roma não se construiu em um só dia".

4)VALORIZE AS PESSOAS AO SEU REDOR: A coisa mais bacana que vi na Empresa Júnior foi a variedade de pessoas e a função de cada uma delas. Mapeando os tipos de personalidade percebemos quão diferente as pessoas são e como elas funcionam, no dia a dia e nos trabalhos percebia claramente essa diferença. Observando isso aprendi a valorizar todos os tipos de personalidade e a amar a cada dia mais as pessoas em suas diferenças.
Encontrei muita gente bacana dentro do MEJ e mais ainda, me encantei ao ver que existem funções para todas as pessoas como elas são. Devo fazer um pequeno adendo e mencionar que foi dentro da Empresa Júnior que encontrei meu namorado, pois é, MEJ também é amor, haha.

5)FAÇA PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO!  Sim, faça planos, metas e objetivos claros para que possa tornar seus sonhos reais. Sonhar é maravilhoso. Realizar é melhor ainda. Sempre gostei de criar metas, mas nunca foram tão claras como agora. Hoje aplico planejamento estratégico em praticamente todas as áreas da minha vida. Se trata basicamente de se organizar, ser pé no chão e realizar. Seja um idealista pragmático!

E POR FIM, SOBRE O EVENTO:
O ENEJ foi um evento super diferente, conheci pessoas dos mais diversos estados do país, tinha gente do Brasil inteiro! Pude me sentir integrada com meu país e ver como apesar de diversos, ainda somos uma nação. Assisti palestras sobre representatividade nas lideranças e sobre o protagonismo feminino e consolidar meu pensamento sobre a força do exemplo. Desenvolvi um plano para salvar uma empresa e se destacar na concorrência, e foi quando descobri que dentro de mim mora um ser muito criativo. E claro, pude contemplar histórias de empreendedores que fazem do seu negócio um ambiente confortável e sustentável, como o Rony Meisler.
Fora isso, tivemos momentos para falar sobre a Brasil Júnior, representante de todas as empresas do país, sobre as conquistas das empresas e alcance no país. E sinceramente, é de admirar como universitários podem impactar o mundo, e mais ainda de saber que serão profissionais da área em pouco tempo e poderão ser pessoas relevantes. Basicamente o evento foi sobre isso, seja uma pessoa relevante!
E para os curiosos, eu passei um pouco pela cidade também, que tinha uma gastronomia típica mineira deliciosa e muitos museus. Pude visitar o Museu da Arte Sacra, o Museu dos Inconfidentes, o centro cultural na praça de Tiradentes e a Casa dos Contos. Ouro Preto é uma cidade pitoresca, tombada pela ONU faz parecer que voltamos no tempo, nos encantar e sair com beleza no olhar! Amei a experiencia e compartilho minhas impressões para te incentivar a também vivenciar algo tão maravilhoso, viaje, seja empreendedor, seja criativo, mas acima de tudo, seja você, porque você tem muito a contribuir.

terça-feira, 21 de agosto de 2018

Aos teus olhos - Crítica


Aos Teus Olhos : Poster
Data de lançamento: 12 de abril de 2018 
Gênero: Drama
Nacionalidade: Brasil
Tempo de duração: 1h 30min
Direção: Carolina Jabor

Sinopse: Rubens (Daniel de Oliveira) é um professor de natação carismático e extrovertido, que dá aulas para pré-adolescentes em um clube. Querido por todos devido ao seu jeito brincalhão e parceiro, ele se vê em apuros quando um de seus alunos, Alex (Luís Felipe Melo), diz à mãe que o professor lhe deu um beijo na boca no vestiário. Alegando inocência, Rubens é acusado pelos pais da criança e passa a ter que lidar com um verdadeiro linchamento virtual, que tem início através de mensagens de WhatsApp e explode de vez quando chega ao Facebook.

Opção: O filme começa com tensão, a música complementa a trama, uma criança indo ao campeonato de natação. O afeto da mesma para seu professor de natação e o conflito familiar parecem criar um ambiente perigoso. É então, após uma derrota no campeonato, que ocorre o fato central da trama: o pai do menino aprece no clube atordoado. O professor teria beijado seu filho. 
A falta de provas, a situação controvertida e a ausência de depoimento do menor despertam um sentimento absurdo de incerteza e de uma possível injustiça. Como que sem provas, todos poderiam incriminar socialmente e nas redes sociais ( que é o instrumento de acusação mais perigoso no longa) o possível abusador? O filme relembra casos reais como o Caso da Escola Base, em que todos profissionais de uma escola tiveram sua vida destruída por uma denúncia falsa de uma mãe desesperada e uma criança com imaginação fértil.
Na trama em questão, a preocupação e a insinuação das pessoas de que uma possível homossexualidade do professor poderia justificar ou ser a causa do alegado fato é de se preocupar. Justificar? Como se justifica um abuso infantil? E mais, como a homossexualidade  seria a causa para tal? Vários pontos controvertidos são levantados e vemos algo que se trata mais do que justiça, é uma de vingança pessoal.
Assistir "Aos teus olhos" é exatamente uma análise pessoal do fato, tal qual em Dom Casmurro, vemos um caso unilateral e temos de interpretar por nós mesmos. No caso em tela, trata-se ainda de um julgamento prévio, quantas vezes julgamos as pessoas sem sequer saber dos fatos na sua totalidade ou ouvi-las. Digo mais, quanto ainda falta para que as crianças sejam ouvidas e entendidas de modo a evitar falsas verdade? Veja o longa, reflita e tire suas próprias conclusões.

terça-feira, 31 de julho de 2018

Fantasia

Vestida de mulher, num corpo de magia
Recheada de doce de leite, chamado ambrosia
Ela é mais do que aparência e de espectros
Ela é uma espécime rara de flor africana
Pensamento de um senhor trépido
É aquela comida íbero-australiana

No fundo ela é um pouco de fantasia
Do que pensava, ouvia, escrevia e lia
É o jabuti frente a raposa lépido
É aquela espécia rara de ave americana
É uma roupa cara paga no crédito
Ela é tudo, mulher viva e que ama

quarta-feira, 4 de julho de 2018

O Papel da Parede Amarelo - Charlotte Perkins Gilman

O Papel de Parede AmareloAno: 2006 
Páginas: 112
Idioma: português 
Editora: José Olympio

Sinopse: Uma mulher fragilizada emocionalmente é internada, pelo próprio marido, em uma espécie de retiro terapêutico em um quarto revestido por um obscuro e assustador papel de parede amarelo. Por anos, desde a sua publicação, o livro foi considerado um assustador conto de terror, com diversas adaptações para o cinema, a última em 2012. No entanto, devido a trajetória da autora e a novas releitura, é hoje considerado um relato pungente sobre o processo de enlouquecimento de uma mulher devido à maneira infantilizada e machista com que era tratada pela família e pela sociedade

Opinião: Está tudo bem, está tudo bem, essas três palavras parecem permear forçosamente o início da trama. Uma mulher que entende ser amada por seu marido e não importa o quando ele a isole, cabe a ela entender que está tudo bem, ao menos é o que seu esposo médico lhe diz. Em época que a mulher pensar era visto como doença e que momentos de raiva chamados de histeria, nada mais normal.
O viés de terror, na verdade, nada mais é do que as dificuldades da realidade expostas pelo psicológico de uma mulher oprimida. A metáfora do papel de parede é essencial para elucidar a sensação de estar presa. A sensação ruim traga pelo mesmo reflete tão somente o estado emocional da protagonista.

Um livro simples,breve e denso. Escrito há mais de cem anos, esse conto trás a realidade de como a mulher era e por  vezes ainda é, sufocada seja pela sociedade ou pela sua própria família. Não perca a oportunidade de ler e entender esse breve e reflexivo livro!

domingo, 17 de junho de 2018

O príncipe encantado virou um chato

Rita Lee já falava a realidade de quando se cresce e amadurece "quem sabe o príncipe virou um chato que vive dando no meu saco...". Pois é, virou mesmo. Virou porque na verdade, é um saco esperar por aquilo que não existe...Mas vamos por partes.
Ah não, Giovana, não venha me dizer que sofreu uma desilusão amorosa e resolver criticar todos os homens do mundo? Não, moi chéri(e), eu apenas venho desfazer esse véu que encobre a realidade. Quando sabemos de algo tão importante, nos cabe compartilhar.
Agora, sabe porque o príncipe encantado virou um chato? Porque ele é uma ilusão. Um cara que quase não erra (o que por si só é surreal), é bem de vida, super descolado, apaixonado, super-maduro, talentoso, bonito e estabilizado... um cara que basicamente não existe. Mas se existisse, certamente que seria dominador, porque a sociedade o ensinou que todos devem amar os homens bonzinhos e com tantas qualidades.
O príncipe encantado seria um babaca também, diga-se de passagem. Ele se acha o bonzão. Está praticamente pagando para estar com você, afinal ele é o cara que sempre passa o cartão. Revira os olhos sempre que discorda dele e pede pra você ser boazinha. O príncipe encantado fica bravo quando você não dá o que ele quer (e você sabe do que estou falando). Afinal, ele te ama, como você pode negá-lo?. O príncipe encantado é um machista mascarado de amor da sua vida.
Os conceitos de príncipe encantado embutidos em séries, filmes, sociedade e livros, dizem que ele tem que ser tudo aquilo e ainda te amar verdadeiramente. Mas me diga com sinceridade, se ele for 'tudo isso', ele não será tão encantador, não é? No fim das contas não é bem o príncipe encantado que se quer, mas uma pessoa honesta com seus defeitos, humilde, dedicado e que a respeite, no mais o resto é bônus. Agora se vocês encontrarem um homem com tudo que vocês esperam não se impeçam de amar, mas aceite que ele não é um príncipe encantado, e isso é muito bom.


quinta-feira, 31 de maio de 2018

Cade meu chá de Rivotril?

Calma, não estou viciada em medicamento não, no entanto, admito, essa tem sido uma das minhas preocupações sociais. As válvulas de escape aparentemente medicinais que na verdade tem destruído com a saúde de seus usuários. Usuários, isso não parece o nome com que chamam quem faz uso de drogas recreativas? Ora ora, veja se medicamentos não são drogas? Drogas não recreativas é claro, mas ainda sim, drogas. Aqui não viemos para apoiar a criminalização das drogas nem taxar as pessoas de viciadas, porém, para levantar uma importante questão social.
Já parou para observar o quanto se tem tornado comum o uso de antidepressivos, calmantes, soníferos ou outros remédios com fim psiquiátricos e comportamentais? Não é vergonha nenhuma precisar de ajuda, não é vergonha estar mal, não mesmo. No entanto, não me parece saudável exaltar medicamentos tarja preta ou fortes visando alterar nosso estado psicológico cerebral. Por que você diz isso, Giovana? Certamente nunca passou por um período difícil psicologicamente..., né? Ledo engano, já passei por períodos turbulentos, de ansiedade, conturbação mental e insonia. E sabe de uma coisa? Está tudo bem! 
De fato, o nosso século é o século da depressão, ansiedade, e outras questões psicológicas, várias pesquisas indicam isso. Mas talvez nosso século seja muito patologizador, sim, quero dizer exatamente o que você acabou de ler. Como assim, o que quer dizer com isso? Quero dizer que estamos sempre nos taxando de anormal, de doentes, de ansiosos e de possuídos de 500 transtornos diferentes. Isso pode ter um lado maravilhoso, que é o da aceitação, de finalmente entender quem você é e porque é assim. Mas também pode nos aprisionar no paradoxo da eterna incompreensão (já falei disso algumas vezes aqui no blog), e todos estamos sujeitos a isso.
A minha preocupação é como estamos lidando com nossas dificuldades, será que temos nos aceitado e parado de nos taxar de estranhos, quando somos apenas singulares? Ou na verdade estamos nos enclausurando mais ainda dentro de nossas bolhas e tentado nos drogas para conseguir conviver em sociedade? Ninguém é obrigado a ser o que não é, ao menos não deveria, e muito menos obrigado a alterar seu estado mental por causa disso. Porque não trocar a o Rivotril, a Sentralina e a Fluxetina por terapia, chás, acompanhamento médico adequado (NUNCA SE AUTOMEDIQUE, PRINCIPALMENTE EM RELAÇÃO A QUESTÕES PSICOLÓGICAS), yoga, esportes, artes, música e hobbies em geral. 
Deixe as drogas e a famigerada, porém essencial, alopatia para quando realmente necessário, prescrito por médicos e para algo temporário. Os médicos mais humanistas que tive o prazer de ouvir entendem que os tratamentos muitas vezes não levam a cura, mas ainda assim não devem levar a escravização. O tratamento muitas vezes é para a vida toda, de fato, contudo, não se deixe estagnar no patamar das dificuldades, não aceite uma vida controlada por produtos químicos, uma vida controlando seu cérebro... 

*Os farmacêuticos, médicos, psicólogos, terapeutas e todos profissionais da saúde que pensem diferente são convidados a expor sua visão especializada, e debater o domínio que a alopatia de medicamentos psiquiátricos parece ter criado nas pessoas.

Mais informações em:
https://www.vladman.net/blog/diferen%C3%A7as-entre-sertralina-fluoxetina-e-paroxetina

sexta-feira, 18 de maio de 2018

Eu Não Sou Um Homem Fácil

Je Ne Suis Pas Un Homme Facile : PosterDuração 1h 38min
Direção: 
Gênero Comédia
Nacionalidade França


Trailer:



Opinião:


Je Ne Suis Pas Un Homme Facile : Foto Vincent Elbaz
Uma comédia em que os papéis são invertidos, mostrando todo sexismo que há no mundo. Damien, o clássico macho alfa acorda em um mundo invertido. Nesse mundo, se apaixona por uma escritora famosa e dominadora, Alexandra. Mas não, não é o romance que ganha a trama, mas as nuances da história, pura, crua e simples.

"Eu não sou uma mulher fácil, é uma frase a qual estamos acostumados a escutar". Uma mulher que não cede a cantadas, é forte, crítica, é um tanto quanto difícil não é mesmo. Em nossa realidade é muito raro que homens recebam cantadas invasivas ou até mesmo sejam chamados de difíceis, até porque, convenhamos, a maior parte do tempo são eles que escolhem quem e o quê desejam. Agora imagine só se o mundo inteiro se invertesse e por alguns dias os homens passassem por tudo que passamos. Será que tudo é realmente uma questão biológica?
O impacto da função social de gênero no caso em tela é explícito e mais ainda, real. Não me recordo de sequer uma cena que tenha sido absurda ou desmedida. Nesse mundo paralelo, as mulheres fazem tudo que os homens fazem, seja para bem ou para mal. Inverter os papéis é de suma importância para apontar os pontos negativos de ambos lados. Mais ainda, para fazer entender os abusos explícitos por parte da nossa sociedade patriarcal.

Agora quanto a técnica, como um bom filme francês, a critica restou impecável, os atores foram excelentes, do mesmo modo figurino e cenário, os quais nos fazem imersos a esse "novo mundo". Tudo de modo a dar melhor aproveitamento ao texto e crítica. Não há que se dizer em feminismo radical ou nada do tipo, apenas em verdade nua e crua. Se ainda não assistiu, abra sua mente e não perca tempo, recomende a todos amigos também, aposto que vão dar boas risadas e pensar bastante.

segunda-feira, 30 de abril de 2018

Pequenas Corrupções

Não era a primeira vez que fazia aquilo. Mesmo assim suas mãos ainda suavam e o coração palpitava. Quem nunca copiou um trabalho ou colou na prova? Era essa a desculpa de Marcela para esses pequenos atos “Clandestinos’. Já que todo mundo faz não tem problema.
Era hora do almoço e tudo que ela mais queria era chegar em casa. Não via a hora de sentar quando entrou no ônibus e avistou uma única poltrona vazia. Sentou e aproveitou para refletir sobre o seu dia, Beatriz não podia descobrir da cola. Às vezes era irritante ter uma amiga tão inteligente, mas tão chata.
“Tantas pessoas se fingindo de honestas, só porque são chatas” Suspirou Marcela.”Eu sou honesta, e nem por isso sou moralista!” Mal terminava de sussurrar quando avistou uma senhora de bengala entrar no ônibus. A menina não só fingiu dormir, como também ignorou o fato de sua poltrona ser reservada a idosos. Isso não era importante, ela era adolescente, não envelheceria tão cedo.
Já em casa, despencou no sofá e ligou a televisão. Tudo que ela queria era descansar. No jornal comentava sobre a descoberta de um novo esquema de corrupção do governo. O problema do Brasil é a corrupção, Marcela sabia disso; Irada com as coisas que viu se levantou para discursar:
- Tudo por culpa desse maldito jeitinho brasileiro. Enquanto a corrupção continuar no nosso país, não chegaremos a lugar algum. Todos precisam se conscientizar disso, para tornar o mundo um lugar mais justo.
Depois disso cai no sofá, estava se sentindo mal. Ela era igual aos políticos corruptos! Correu tremendo em direção ao telefone, precisava falar com Beatriz e consertar uns erros...




quinta-feira, 12 de abril de 2018

Vida para Consumo X O Livro do Bem

Nos últimos dias, em especial, tenho sentido que tudo parece fluído e ao mesmo tempo como um redemoinho em que somos fulminados pelo eterno retorno. Mas deixando de lado minhas análises filosóficas, passo aos fatos, recheados de sociologia e muito otimismo, pois ainda me resta um resquício de esperança. Ser poetisa afinal é carregar água na peneira, Manoel de Barros sabia do que falava. Venho então nesse dia, para lhes recomendar duas leituras bem diversas, mas importantíssimas para refletirmos.


Vida Para Consumo
Sinopse: Um dos mais perspicazes pensadores da atualidade, Bauman nos revela a verdade oculta, um dos segredos mais dissimulados da sociedade contemporânea: a sutil e gradativa transformação dos consumidores em mercadorias. As pessoas precisam se submeter a constantes remodelamentos para que, ao contrário de roupas e produtos que rapidamente saem de moda, não fiquem obsoletas.
Bauman examina ainda o impacto da conduta consumista em diversos aspectos da vida social: política, democracia, comunidades, parcerias, construção de identidade, produção e uso de conhecimento. E dá especial atenção ao mundo virtual: redes de relacionamento, como Orkut e MySpace, não refletem a idéia do homem como produto?
Autor: Zygmunt BaumanAno: 2008
Páginas: 200
Editora: Zahar

Opinião: Ler "Vida para Consumo" fez com que minha mente se expandisse em um nível que não consigo explicar. Ao começar a ler essa obra, você vai finalmente entender o que é o mundo líquido, e os seres humanos como mero objeto de interesse. Bauman mostra como nossas relações modernas são baseadas no momento e no que podemos lucrar com elas.

As pessoas já não amam genuinamente, se interessam por aparência, pelo que o outro pode lhe dar algo em troca, pelo prazer, por poder andar com alguém do seu lado, e outros fatores egoístas. Pelo menos isso é o que o autor afirma. Seus dados mexem conosco e a mercantilização humana tão vívida no mundo ocidental chega a dar naúses.
Talvez entregar um livro desses para uma pessoa metida a filósofa e crítica nata seja pedir para brotarem filosofias e teorias conspiratórias, mas acho que são reflexões bem válidas. O mundo parece descartável, coisas, objetos, momentos e tudo mais. Pessoas mais apegadas são caretas, piegas, fora de moda ou no mínimo estranhas. Mas afinal, o que é mais estranho, se importar ou ser "hiper descolado(a)" e nunca se importar? Fica a reflexão e indicação de leitura.




O Livro do Bem
Sinopse: Este é um livro diferente, porque é sobre alguém muito especial: você. É um espaço para você fazer coisas que vão colocar um sorriso no seu rosto e deixar sua vida mais alegre e feliz. São pequenas e grandes atitudes que vão lembrar você que tudo sempre pode ser melhor e mais divertido se a gente der uma chance, e que cada segundo da vida vale a pena até quando a gente tende a não a acreditar muito.
Este é um livro sobre amor, felicidade e alegria de viver. Mas ele só vai acontecer completamente se você topar embarcar nessa loucura fazendo-o seu de verdade. Cada minuto que você dedicar a estas páginas farão com que este livro se torne mais completo e mais seu. Então vem! E fica aqui um convite: fotografe e publique tudo o que você fizer no seu Livro do Bem nas redes sociais com tag #livrodobem. Porque o que é do BEM merece ser compartilhado!
Ano: 2014 
Páginas: 224
Editora: Gutenberg'


Opinião: Em contrapartida, o oposto de um livro ácido é um livro otimista, e diga-se de passagem que "O Livro do bem, Coisas para você fazer e deixar seu dia mais feliz" é essencial. Quantos dias estive triste ou amedrontada e abri essas páginas para ler algo bom ou escrever o quê sentia. Isso mesmo, esse livro é dinâmico, em que você é quem realizada as atividades.
Quando comprei, achei que poderia enjoar, fazer rápido como um desafio ou achar chato e nunca terminar. Porém, jamais diria que ele se tornaria meu substituto para o diário e registro de meus sentimentos. Quem diria, não é mesmo?
As autoras possuem uma página chamada "Indiretas do bem" na qual escrevem frases positivas para mandar aquela indireta para as pessoas. Pense bem, coisas para criticar temos um monte, e para elogiar também, às vezes você adora o jeito que certa pessoa mexe no cabelo e nunca falou porque acha que seria estranho. EI! Pare! Seja mais simpático, seja mais você, seja alegre, seja triste, só não seja cadeado de si mesmo!

domingo, 18 de março de 2018

Panter Negra

Data de lançamento 15 de fevereiro de 2018 (2h 15min)
Direção:
Gêneros Ação, Aventura, Ficção científica, Fantasia
Nacionalidade: EUAPantera Negra : Poster

Sinopse:
Após a morte do rei T'Chaka (John Kani), o príncipe T'Challa (Chadwick Boseman) retorna a Wakanda para a cerimônia de coroação. Nela são reunidas as cinco tribos que compõem o reino, sendo que uma delas, os Jabari, não apoia o atual governo. T'Challa logo recebe o apoio de Okoye (Danai Gurira), a chefe da guarda de Wakanda, da irmã Shuri (Laetitia Wright), que coordena a área tecnológica do reino, e também de Nakia (Lupita Nyong'o), a grande paixão do atual Pantera Negra, que não quer se tornar rainha. Juntos, eles estão à procura de Ulysses Klaue (Andy Serkis), que roubou de Wakanda um punhado de vibranium, alguns anos atrás.


Opinião:Desde o lançamento de PANTERA NEGRA que estou observando os comentários das pessoas, e ficando a cada dia mais instigada a assistir o filme. No entanto, a falta de tempo me levou a postergar até o dia de ontem, quando então entendi todo o rebuliço. O filme não era apenas mais um filme brilhante de ação e super heróis da MARVEL. O longa é um condensado de reflexões sociais, ações, críticas, cultura e representatividade.Logo nas primeiras cenas vemos a explicação mítica para o surgimento de Wakanda, país super desenvolvido no meio da África, mas que escolheu viver escondido para proteger seu precioso vibranium. Porém, para isso, foi necessário deixar de ajudar todos os países ao seu redor. Fato que me incomodou desde o início e será o foco na trama. Trama talvez previsível, com um vilão bem construído apesar de simples, no entanto, em que tudo se entrelaça bem como uma rede bem costurada.Dos personagens ressalto aqui as três mulheres que considero centrais na trama: Okoye, chefe guerreira do povo, extremamente forte e centrada; Nakia, representada por Lupita - linda como sempre, aparece como a amada de  T'Challa e lutando em defesa dos povos necessitados; e Shuri, a garota prodígio que controla toda central tecnológica do país. O mais belo do longa é poder ver o total empoderamento feminino, posto como algo natural. Ainda, não há submissão de uns ou de outros, apenas equilíbrio, razão e emoção.Quanto a trilha sonora, figurino e design (fotografia), os produtores buscaram equilibrar a modernidade que Wakanda teria com a cultura tradicional dos povos Africanos, seja pelas vestes coloridas, pinturas faciais, rituais de guerrilha, cenário e música com rufos e tambores em geral. Não me julgo apta o suficiente para dizer sobre a qualidade ou profundidade da apresentação, creio apenas que foi significativo para introduzir a cultura ao resto do mundo e desmistificar um pouco as ideias eurocêntricas que ainda dominam o mundo ocidental.
E por fim, traz a tão necessária representatividade negra, discutindo temas como a subjugação dos negros durante séculos, a questão dos refugiados em geral e até mesmo dos países que se fecham sem ajudar os outros. Heróis negros reais como Mandela, Malcom X e Martin Luther King já viveram entre nós há tempos, mas enfim podemos dizer que o espaço do cinema foi aberto. Terminar o filme com o coração apertado e querendo mudar o mundo é o mínimo que se pode esperar. Desse modo, indicar a todos que o assistam é o mínimo que posso fazer.

domingo, 4 de março de 2018

Além do otimismo

Meu Deus, Giovana, como você consegue ser tão otimista? Essa foi a pergunta de um amigo meu quando lhe disse como imaginava meu futuro. Talvez eu estivesse sendo bastante otimista, mas não achei que fosse nada fora do normal. Quer dizer, acreditar em si mesmo não deveria ser tão difícil. Isto é, claro que todos temos nossos momentos de baixos, eu admito que há dias em que me sinto um grande nada...
Porém, voltando a curiosa pergunta do porquê eu seria tão otimista, me lembrei de uma caro personagem: Ted Mosby de How I Met your Mother. Ted é um romântico que espera conhecer sua "the one" com quem seria feliz e formaria sua linda família. Mas como nada vem fácil, Ted passa oito temporadas procurando sua amada e quebrando a cara sucessivas vezes. E sim, ele não desiste, chega perto, mas não de fato. E sabe por quê? Porque Ted acredita não necessariamente em destino, mas no tempo e equilíbrio. Acredita no amor. As coisas na vida vão acontecendo gradualmente e há cientificamente falando uma relação de causa e efeito. Então se quiser muito uma coisa e fizer por merecer, é claro que cedo ou tarde a terá. 
Pois é, pode parecer que realmente eu esteja sendo muito otimista, mas ao meu ver são fatos. O que venho dizer por meio desse simples e objetivo texto é a verdade nua e crua. Tudo se trata de trabalhar duro para atingir suas metas. Oh, talvez, nem tudo no mundo seja por meritocracia mesmo, porém, não será isto que irá me barrar. De fato, o mundo é um caos e tem milhares de coisas horríveis ocorrendo todos os dias que são de partir o coração. No entanto, o que penso, é que se pararmos de lutar pelos nossos sonhos e parar de ter esperança tudo terá sido em vão.
Se pararmos de nos importar com as crianças abandonadas, com os moradores de rua, com a política esfacelada, com a guerra na Síria, com o trabalho escravo, com o maltrato aos animais, com o que escolhemos ser para impactar o mundo, e conosco!, tudo estará perdido. Quando não houver nenhum folego de vida nem faísca de esperança, o fogo se apagará por completo e mundo virará um gelo. Não deixe que o mundo perca a humanidade, não perca seus sonhos. Isto vai muito além do otimismo, é sobre lutar e ser humano.
Giovana de Carvalho Florencio

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

Viva- A Vida é Uma Festa


Data de lançamento: 4 de janeiro de 2018 
Duração: 1h 45min
Direção: 
Gêneros: Animação, Fantasia
Nacionalidade: EUA

Viva - A Vida é uma Festa : PosterSinopse: Miguel é um menino de 12 anos que quer muito ser um músico famoso, mas ele precisa lidar com sua família que desaprova seu sonho. Determinado a virar o jogo, ele acaba desencadeando uma série de eventos ligados a um mistério de 100 anos. A aventura, com inspiração no feriado mexicano do Dia dos Mortos, acaba gerando uma extraordinária reunião familiar.

Opinião: Viva- A Vida é Uma Festa é um filme que consegue capturar tudo que há de melhor no ser humano. Enfrenta o medo da morte e a coloca como normal dentro do contexto cultural do Día de Los Muertos mexicano.  Vai além, coloca a ideia do esquecimento como a mais cruel de todas. Antes de mais reflexões, vamos entender um pouquinho dessa história, tudo bem?

Miguel é um personagem extremamente interessante, crescendo em uma família que odeia música por motivos que ele não se importa - o tararavó largara a mulher para virar músico nas estradas- sonha em ser músico. Desde o começo fica claro seu interesse pelos sons, violões e canto. Não entende o que lhe faz tão diferente da família, porém, acha que realizar o seu sonho é o que mais importa. Pelo menos de acordo com o lema do famoso cantor e ídolo do nosso protagonista: Ernesto de la Cruz.

No famoso Dia dos Mortos, nosso jovem, por motivos peculiares, vai parar no mundo dos mortos e precisa da benção de sua família para sair. No entanto, nem sua tataravó e muito menos seus outros antepassados parecem concordar com seu sonho. O menino tem um tempo limitado para voltar ao mundo dos vivos antes que se torne um "morto". E nessa aventura de aceitação, relação familiar e muita música, Miguel conhecerá Hector - quem se tornará um grande amigo, Frida Kahlo, e acompanhado de seu cão-guia espiritual buscará o único parente que pode lhe abençoar para ser músico: seu tataravó.

Recheado de muitas cores e sons, Viva a Vida é uma festa - é cheio de músicas cativantes e personagens mais ainda. Não tem como sair da sala de cinema sem ser com os olhos cheios d'água. Aqui a vida e morte andam de mãos dadas, mas é o amor que supera tudo, e acredite, de uma forma surpreendente. A Pixar acertou em cheio, e não é por menos que o longa já foi premiado no Globo de Ouro como melhor animação do ano. Enquanto isso, aguardamos ansiosamente pelo Óscar.

Por fim, resta apenas dizer, lembre-se de COCO*, e também "lembre de mim".


"Lembre de mim
Hoje eu tenho que partir
Lembre de mim
Se esforce pra sorrir

Não importa a distância
Nunca vou te esquecer
Cantando a nossa música
O amor só vai crescer
Viva- A vida é uma festa

*Nome da bisavó de Miguel e título original do filme.

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

O desenhista: uma reflexão sobre os amores que não vivemos e os que vivemos

"Era outono de 1998, mais uma tarde a observar o cair das folhas das árvores. Ele era mais belo que a beleza poderia ser. Cabelos cor de chocolate e olhos de verde viver, pele embranquecida pelo frio do amanhecer, cabelos cacheados a ornar seu ser. Era a paisagem que eu apreciava em todas as estações do ano, mas naquela em especial se tornava sem igual. Seu sorriso coloria meu dia de modo fascinante, era um infante acanhado, mas ainda meu galante.
De praxe, não posso perder a hora de dizer que ele foi só mais um, mais um dos amores que nunca vivi. Não pense que fico trite por não tê-lo vivido, essa não é bem a questão. O ponto é exatamente aquele de que me referia: era outono e as folhas caiam das árvores . Ou seja, todas estavam prontas para o renascer e eu também.
Detesto despedidas, mágoas, ressentimentos e picuinhas, pra mim é tudo preto no branco, é como sei ser. Não era a o primeiro desamor que vivia nem seria o último, porém, é aqui que me pergunto, o que seríamos sem desamores? Se tudo desse certo logo de cara como pretendemos, será que iríamos amadurecer tanto? Será que não nos tornaríamos apenas crianças mimadas que querem tudo que querem na hora que bem entendem?
Mais interessante ainda é aproveitar essa deixa para dizer que tudo bem: me perdoem amores que nunca vivi. Peço perdão pela insegurança, por todos que deixei de permitir que me conhecessem, perdão pelos pré-julgamentos. Sei que o que foi, foi. Mas nessa mensagem para os amores que nunca vivi, devo dizer que tudo bem nunca termos vivido algo, de verdade. Saber que poderíamos ter vivido já é bom o bastante, quer dizer que ainda estamos vivos. E só a sensação do poder viver já é tudo que preciso.
Naquele ano, naquele outono, ele me encontrou na rua e falou: Você por aqui?
Ri de mim mesma e quase não acreditei quando soltei um Onde sempre estive.
Sempre estive no mesmo lugar, é claro, mas nem sempre fui a mesma, esqueci-me de dizer. Minha língua entrara em pânico e minha mão parecia sofrer de Parkinson. Ele tocou no meu braço gentilmente, e eu senti-o formigar. Era um amor que nunca tinha vivido, mas tudo bem se pudesse errar, tentar e de novo, errar. Porque é isso que fazemos não é mesmo? VIVEMOS.
Garranchos percorrem um papel para deixar o momento encantado, porém, não é preciso, ele já o é. Antes mesmo de eu terminar ele sutilmente falou: Agora está aqui comigo. E decidi deixar o amor que nunca vivi ser amor. Durou o tempo que durou, mas nunca deixou de ser amor.
O desenhista era um dos melhores artista que eu conhecia, Da Vinci estaria inebriado como eu. Estudante de astronomia e ciência. Deitávamos na grama para apreciar o céu. Saturno, Marte e Vênus, todos contemplavam as palavras de amizade e amor. Até plutão que já não é planeta veio observar a união. Palavras sempre foram o melhor de nós. Durou nosso amor enquanto duravam as pesquisas da ciência do amor. Aparentemente, nós não fomos aprovados em nossas hipóteses e nem primeiras teorias validadas como lei. O amor não era uma ciência certa o bastante. Acabou depois de um tempo. Mas no final, foi um bom e feliz amor que vivi."

domingo, 7 de janeiro de 2018

Outros Jeitos de Usar a Boca - Rupi Kaur

Resultado de imagem para outros jeitos de usar a bocaEditora: Planeta
Ano: 2015
Páginas: 204
Idioma: Português 

Sinopse:'outros jeitos de usar a boca' é um livro de poemas sobre a sobrevivência. Sobre a experiência de violência, o abuso, o amor, a perda e a feminilidade. O volume é dividido em quatro partes, e cada uma delas serve a um propósito diferente. Lida com um tipo diferente de dor. Cura uma mágoa diferente. Outros jeitos de usar a boca transporta o leitor por uma jornada pelos momentos mais amargos da vida e encontra uma maneira de tirar delicadeza deles. Publicado inicialmente de forma independente por Rupi Kaur, poeta, artista plástica e performer canadense nascida na Índia – e que também assina as ilustrações presentes neste volume –, o livro se tornou o maior fenômeno do gênero nos últimos anos nos Estados Unidos, com mais de 1 milhão de exemplares vendidos.

Opinião: Certo dia em uma conversa aleatória um caro amigo me recomendou a leitura desse livro, dizendo que eu iria gostar, de fato, ele me conhece bem, gostei muito. E não posso perder a oportunidade de passar a minha opinião para frente. Porque Rupi Kaur conseguiu nessa obra juntar diversos sentimentos que assolam nossas delicadas almas e mais ainda, falar sobre assuntos delicados para nós mulheres e transformar em poesia.
O primeiro capítulo se intitula "a dor" e trata sobre as tristezas que preenchem nossos corações ou de quem amamos. A dor de fazer o que querem de você enquanto se fecha, de abusos que por vezes ocorrem na sociedade, do abandono, da objetificação de nossos corpos e da violência. "A ideia de que somos tão capazes de amar mas escolhemos ser tóxicos." É como se recebêssemos vários tapas na cara por ver em palavras tudo o que vemos, sentimos e não somos capazes de expressar.
O segundo se intitula "o amor", abordando desde o amor materno- o mais genuíno, o amor romântico sexual, o amor próprio e a beleza do amor. Sabe, todas alegrias e decepções são postas com seu devido valor. A paixão se transforma em mel e o êxtase em leite, faço aqui uma referência ao nome do livro em inglês -"Milk and honey". "nada mais seguro que o som de você lendo alto para mim - o encontro perfeito" É sobre toda a doçura e sinceridade que há no amar.
"A ruptura" é o terceiro capítulo, que nos fala sobre maturidade e aprendizados. Para crescer é preciso viver, sofrer, e chorar um pouco se preciso for. Fala sobre entender que nem sempre  o amor será como se espera e que você não deve esperar que outra pessoa além de ti mesma te preencha. Mas acima de tudo, nos ensina a não aceitar migalhas, sobre ser inteira, sobre se aceitar e acima de tudo sobre "ser". "Você não deveria precisar ensina-los a te desejar, eles precisam te desejar por conta própria" E quanto Rupi diz aqui desejar não se restrinja em pensar no sentido físico e amoroso, mas sobre as pessoas ao redor em geral, se não desejam sua presença e sua pessoa, não force, quem te ama, te ama e ponto. Não mendigue afeto.
E por fim, "a cura". "não se de o trabalho de agarrar aquilo que não te quer - você não pode obrigar ninguém a ficar" Uma das primeiras poesias desse capítulo é exatamente sobre a liberdade de amar. Trata-se aqui de se amar em primeiro lugar, para assim amar ao próximo com o máximo de leveza que conseguir. Não se preocupe se em algum ponto da jornada se sentir só, isso é sinal de que precisa desesperadamente de si mesma, é a mensagem da autora. Somos seres completos sozinhos e enquanto não nos encontramos, ficamos vagando por entre efemeridades, amores ilusórios e vazios sem fim.  Se aceitar e se encontrar ao natural é o discurso que pode ser chamado de feminista aqui, mas do que isso, é um grito de anos de não aceitação." Aceite-se como você foi projetada". E assim, para falar sobre escrever e amar é que se usa a boca.