segunda-feira, 28 de março de 2016

Justiça



                                                    Ela estava lá, parada
                                                               Na frente da fachada
                                                                            Como sempre imponente
                                                                                   Em seu bronze reluzente
                                                                                       Trivial eram suas implicações
                                                                                          Essencial suas conclusões
                                                                                           Era- é- cega para o melhor
                                                                                          Porém, isso tem sido vão
                                                                                       Não vê nada do pior
                                                                                     Vive escondida e sem pão
                                                                                Sua balança pende para o lado
                                                                           No entanto, o fato é ignorado
                                                                       Sua roupa despenca de ambos lados
                                                                    Está nua, exposta e vulgazida
                                               
                                                        Sua pátria
                                                   a                       ignora
                                    a botaram                          para penhora
                                        como se                       estivesse
                                                        a venda!
                             

             

terça-feira, 22 de março de 2016

Reflexões perdidas

"Estava a refletir sobre a vida ao som de meu querido Beethoven, quando cheguei a minha máxima: A deturpação dos ideais é um dos grandes males da humanidade. Ah, como dizia algum cantor por aí:
Meu partido
É um coração partido
E as ilusões
Estão todas perdidas
Os meus sonhos
Foram todos vendidos
Tão barato que eu nem acredito
Ah! Eu nem acredito¹
A grande diferença entre o homem e o animal está na comunicação. por nos comunicarmos melhor ( com palavras, escrita, arte...) é que nos organizamos, construímos coisas, juntamos ideiais e criamos ideologias. Ideologia, eu quero uma pra viver...
Sinceramente creio que todos idealistas da humanidade ficariam envergonhados em nos verem. Soubessem eles as guerras e mortes que geraram. Talvez tivessem se escondido em cavernas, quem sabe aquela mesma de Platão.
Criamos utopias para uma sociedade cheia de distopias. Mascaramos nossas próprias falhas. Massacramos os sonhadores e revolucionários. Ignoramos a própria realidade. 
Enquanto continuarmos apenas criticando sem fazer nada para mudar. Enquanto nos contentarmos em beneficiar apenas a nós próprios, gritar: morte, e outras parafernálias todas. Enquanto formos corruptos e criticarmos nossos representantes, sendo que são nosso próprio reflexo. Enquanto não mudarmos a política de verdade. Enquanto continuarmos sendo ignorantes e ingênuos. Bem, então ainda seremos apenas hipócritas e bobos gritando por um tiro no próprio pé.
Assitia TV esses dias e enxerguei um ciclo infinito. A cena se repete 500 vezes. Pois como já dizia algum pensador por aí, se não conhecermos o passado estamos fadados a repeti-lo². Será que há coisa pior do que isso?
Admito, não acredito que os do poder sejam santos e acho que seria positivo trocar a mamata. Mas colocar outra mamata resolveria muito? Esqueceríamos-nos de cobrar, como temos feito nos últimos 20 anos? Faríamos reforma política? Ou estamos tão cegos e manipulados pela mídia e poderosos que sabemos apenas levantar bandeiras e discutir com os "adversários compatriotas"?
Às vezes me pergunto até que ponto Aristóteles queria ir quando disse que éramos animais políticos. Porque quando vejo nossa federação tão fragmentada e as pessoas tão despolitizadas na maior parte do tempo, sinto que somos apenas massa de manobra de alguns poucos poderosos. Estou errada? Ou sou a única que vê as palavras de Maquiavel se concretizando até hoje? Afinal, se ditatoriar ou roubar um país por um fim desejado não é acreditar que os fins justificam os meios? 
Afinal: Que país é esse? ³"

¹ Ideologia- Cazuza
² George Santayana
³ Legião Urbana

terça-feira, 15 de março de 2016

Resenha -Como eu era antes de você

"Como eu era antes de você" é daqueles livros que eu já tinha lido algumas resenhas e colocado na minha lista de desejo. Mas foi definitivamente quando saiu o trailer do filme que eu decidi ler por vez e passar até na frente dos outros ( sorry, livros na lista de espera). Fiquei meio chateada em como não tinha lido antes, porque diga-se de passagem: esse livro é de virar seu mundo de cabeça para baixo.
Como Eu Era Antes de Você

Ano: 2013 

Editora: Intrínseca

Páginas: 320
Sinopse: "Aos 26 anos, Louisa Clark não tem muitas ambições. Ela mora com os pais, a irmã mãe solteira, o sobrinho pequeno e um avô que precisa de cuidados constantes desde que sofreu um derrame. Sua vidinha ainda inclui o trabalho como garçonete num café de sua pequena cidade - um emprego que não paga muito, mas ajuda com as despesas - e o namoro com Patrick, um triatleta que não parece muito interessado nela. Não que ela se importe.

Quando o café fecha as portas, Lou é obrigada a procurar outro emprego. Sem muitas qualificações, consegue trabalho como cuidadora de um tetraplégico. Will Traynor tem 35 anos, é inteligente, rico e mal-humorado. Preso a uma cadeira de rodas depois de ter sido atropelado por uma moto, o antes ativo e esportivo Will agora desconta toda a sua amargura em quem estiver por perto. Sua vida parece sem sentido e dolorosa demais para ser levada adiante. 
Uma comovente história sobre amor e família, Como eu era antes de você mostra, acima de tudo, a coragem e o esforço necessários para retomar a vida quando tudo parece acabado."


Sobre o livro: A priori parecia que o mundo que o título se referia a vida de Will, o brilhante protagonista. Will é uma pessoa bastante peculiar, não só pela sua condição física (tetraplegia), mas pela sua personalidade sempre ácida e sarcástica. Lou é a protagonista dinâmica, agitada e colorida- literalmente, pelas suas roupas, ela tem roupas bem diferentes.
A meu ver o grande choque entre os personagens é a mentalidade, diferença maior até do que a condição física. Will é um cara viajado, aventureiro, estudado e sonhador- e o acidente põe fim a tudo isso. Enquanto Lou é uma garota com vida parada, trabalhando no mesmo lugar há 7 anos, um namoro morno de anos também e nenhuma aspiração. Quando desempregada acaba por aceitar o emprego de cuidadora.
Com um começo arredio, os dois se aproximam e acabam por se tornar amigos. O relacionamento dos deles flui a uma coisa linda que transforma  a vida de Louisa. Mas há um segredo que a família de Will- e acima de tudo, o próprio WIll- carrega que será capaz de mudar tudo. 

Minhas considerações finais: Esse livro mexeu comigo, vibrei, me emocionei e refleti. Não é um drama qualquer, é drama, romance, comédia e várias lições. Se você quer um livro de qualidade, bem escrito, com uma excelente escritora e uma história tocante, está mais do que intimado para ler esse livro ( e ir no cinema depois, se quiser, haha)!

terça-feira, 8 de março de 2016

Feliz Dia da Mulher!


Estava lendo quando me deparei com um quase conto de fadas, parei para olhar a capa, de novo, era a Constituição Federal. Na verdade, fico impressionada em ver como somos justos na nossa legislação, mas na prática... Porém, vamos deixar esses pormenores para outra circunstância, hoje quero falar sobre um trecho em específico:

Art.5º I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição.
Hoje é o dia da mulher e tem algo muito importante a ser tratado: a igualdade de gênero. Pode parecer um assunto chato ou repetitivo, já que se fala cada vez mais sobre, porém, é porque nunca houve tanta preocupação com ele.
 A discrepância de gênero começou lá na Grécia antiga, de onde herdamos nossas tradições políticas, manifestas até hoje. A diferença biológica é natural e existe desde que o mundo é mundo, dizer que homem e mulher são iguais é tão tolo quanto dizer que todo homem é igual(ou vai dizer que nunca ouviu isso?). Ninguém é igual a ninguém, porém sabemos que temos direitos e deveres iguais, sendo assim o justo e bom é o respeito mútuo, independente de sermos homem ou mulher.
Obrigada aos homens que sabem disso e demonstram no dia a dia. Obrigada aos que lembraram hoje da gente (só hoje?). E um: “por favor, cresça!” aos que ainda não aprenderam a serem igualitários. Eu, você, sua mãe, seu pai, seus amigos, seu vizinho, todos temos direito de escolha e deveres, é claro. E lembre-se: Se não comprimirmos nossos deveres não estamos aptos para exigir nossos direitos!

Viva a igualdade, viva os homens (no dia de vocês vamos comemorar, ok?), viva ao fim  do abuso para com as mulheres ( físico, verbal, psicológico...), viva a sociedade do futuro, viva a uma constituição, que se torne real!