segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

ADEUS ANO VELHO, FELIZ ANO NOVO!

365 DIAS.
Todo esse tempo se passou e você ainda sente ter muito para fazer? Ou pior, sente que não fez nada e não sabe o que esperar de 2019?
Sabe, nem sempre vamos chegar ao fim do ano com todos os itens da lista cumpridos, nem sempre tudo vai ser como esperamos ou desejamos, e está tudo bem.
Digo por mim, sinto que realizei muitas coisas em 2018, viajei com amigos, comecei a namorar, entrei em um novo projeto de extensão, conclui meu trabalho no outro projeto, realizei ações no Centro Acadêmico e um evento de que muito me orgulho, adotei dois cachorrinhos lindos, estudei e aprendi muito e principalmente superei muitos desafios.
No entanto, não sinto ter lido ou escrito tanto quanto gostaria, e também acho que poderia ter crescido mais na área profissional. Nada extremo, apenas aquele sentimento de poderia ter feito um cadinho mais.
Só que quando parei pensar na realidade do que vivi, entendo o porque de cada coisa ter sido como foi. Na minha perspectiva, algumas coisas não poderiam ter sido diferentes. E eu sei no meu íntimo que fiz o meu melhor.
Por isso que eu gostaria de aproveitar a oportunidade para dizer:  não se culpe! Mesmo que não tenha dado seu melhor em alguns aspectos, observe tudo o que fez e viveu. Seja a melhor versão de si mesmo, seja você mesmo! ESTÁ TUDO BEM, CADA COISA TEM SEU TEMPO!
2019 bate a nossa porta e pergunta o que queremos, queremos colocar metas realistas, sem pressão. Queremos lazer e saúde física e mental. Queremos uma vida que valha a pena!  O que você quer do seu ano novo?
Pense, sonhe e principalmente, faça o que estiver ao seu alcance para conquistar seus objetivos. Sempre com boas intenções e na medida das nossas forças iremos evoluindo pouco a pouco.
Por fim, aproveito o momento, para postar um trabalho que fiz em comemoração aos 5 anos de O DIÁRIO DA POETISA. Não é nada de mais, trata-se apenas da coletânea dos melhores textos dos últimos anos em que pude observar meu crescimento pessoal e na escrita. Tem vontade de ler mais esse ano? Te convido a conhecer meu material, totalmente gratuito e pode ser baixado a seguir, agradeço desde já pela atenção. Espero que te inspire como me inspirou:

https://www.freepdfconvert.com/d/HFYWZ0G6TI/Livro%20O%20Di%C3%A1rio%20da%20Poetisa.pdf?download=inline

domingo, 16 de dezembro de 2018

O Canário Acinzentado

Era uma noite quente e estrelada em que ele não parava de cantar na minha janela. Ele quem, menino? O canário, oras bolas, meu fiel companheiro Caramba! Como eu senti falta daquele cantar! Foi exatamente uma semana na praia o quanto estive longe da casa. Mas para ser bem sincero creio ter sido muito mais. Vocês já sentiram estar tão longe da realidade que é como se apenas seu corpo se encontrasse presente? Eu sim.
Há mais de um ao Pietro nos deixara, como um furacão e uma tempestade. Era uma noite quente e estrelada como aquela, e meu melhor amigo e irmão saíra para comprar chocolate. Se pensas ser chocólatra é que não o conheceu.
Às 21h 45 alguém bateu na porta, três vezes, não estava esperando ninguém. Será que Aline resolvera me fazer uma surpresa? Desci as escadas com um tanto de preguiça e olhei quem era pelo vão da porta. “Pietro?” Gritei embasbacado e rodei a chave.
Ele entrou rapidamente e trancou a porta novamente. Carregada o chocolate em uma mão e com a outra secava a testa. Nunca o vira tão tenso e suado, quiça quando pediu Marisa em namoro. “Está tudo bem?”; logo, perguntei.
-Não! Está vindo uma tempestade! – seus olhos estavam esbugalhados.
-Uma tempestade? Em BH? – dei uma gargalhada
- Sim! Uma tempestade! E você deveria se esconder! Quando olhei em seus olhos mais uma vez percebi que falava a verdade a menos, a sua verdade!
Corri para fechar todas as janelas do recinto. Pietro deixou o chocolate na mesa e foi buscar algo na dispensa. Os cadeados do meu pai! Surpreendi-me, porém, hesitei em questionar. Como um cadeado ajudaria em uma tempestade?
- Suba, feche tudo e se tranque no banheiro!
Obedeci meu irmão mais velho, como sabia ser o certo, ou pelo menos, acreditava ser. Perguntei por ele e recebi um “me obedeça” seco.
Corri para meu banheiro e tranquei a porta. Minha cabeça latejava como um relógio cuco batendo. Um ruído interrompeu meu pensamento, uma porta foi quebrada. Entrei em pânico, simplesmente não conseguia me mover. Um grito estridente ressoou pela cada, era Pietro!
Assim que processei os fatos desci correndo, mas era tarde demais. Pietro estava estirado no tapete, rígido e de olhos esbugalhados. Ao seu lado estava o canário, aquele que acompanharia todas minhas noites de solidão.