segunda-feira, 8 de outubro de 2018

BOLSONARO X HADDAD: A que ponto chegamos?

Jair Bolsonaro e Fernando Haddad, candidatos à Presidência do Brasil nas eleições 2018Eis uma realidade cruel, abrir as redes sociais e ver brigas e mais brigas. O Brasil está polarizado. Mas sabe o que é o pior? O Brasil está polarizado pelo medo!
Alguns com medo de uma piora econômica, da mudança da estrutura social da sociedade e da corrupção. Outros estão com medo de um país extremista, do conservadorismo podar as diferenças socio-culturais e do regresso. O MEDO é o meio que os políticos tem utilizado há pelo menos um século para convencermos a votar neles. Sabe, eles nos tratam como um burro preso ao cabresto, nossas mãos são fantoches para eles, e sangue para nosso próximo.
Infelizmente tenho de dizer que não temos nova política nesse cenário, não, isso é velha política, ao menos no plano da presidência posso afirmar que não há nada novo. Esquerda? Você sabe bem os seus erros, estavam aqui agora há pouco. Direita conservadora? Sim, você sabe o que ela representa, a ditadura não foi há tanto tempo. Podem até fechar seus olhos para não ver, mas não é possível que não enxerguem, isso aqui é o jogo de sempre! E nós? Somos meros brinquedos. Ei, mas seja um brinquedo menos robótico e leia esse texto até o fim, veja os dois lados da moeda e não esmague seu próximo.

Agora, você que é direita, quer saber porque a esquerda tem tanto medo do BOLSONARO? Porque ele representa agressividade às minorias, e isso não há quem negue, seja por ignorância ou por falta de jeito, ele as agride em sua palavras, não uma nem duas, mas várias vezes. Sabe, e não sou eu falando, são os fatos, os depoimentos e falas infelizes. E algumas mentiras também, afinal, pra quem não sabe, "kit gay" era farsa, não acredita? Leia nos links em anexo!
"Mas Giovana, é apenas porque ele é tradicional!" Não meu caro, ser tradicional não deve significar ser repressor nem debochado. Se o mundo fosse invertido, e você homem ouvisse uma piada de que você foi uma "fraquejada" iria achar legal? Se você vivesse em um mundo oposto em que a maioria fosse homossexual e tirassem sarro da sua cara dizendo que você merece apanhar, acharia bom?
Eu sei, parece longe demais da realidade, só que pra muitas pessoas não é. Quem já sofreu algum bullying na vida sabe como é, repressão, ainda que psicológica, deixa marcas para a vida toda. Algumas pessoas, muitas na verdade, tem medo de terem seus direitos podados, de não poderem se beijar mais, se falar, se expressar, viverem com DIGNIDADE. E o medo meus caros, para essas pessoas, não é maior que o antipetismo.
Há muito tempo o ESTADO, um ser forte e imponente, surgiu na face da terra. Era ABSOLUTO monárquico e despótico, era um lugar sem direitos, onde a educação era privilégio e todos eram dominados pela aristocracia. 
Com o passar do tempo ele foi crescendo e amadurecendo, lutou bravas revoluções para chegar a puberdade, era LIBERAL, como querem hoje, direitos, liberdades e propriedade, mas naquele tempo não era para todos. Pois é, o Estado cresceu e se tornou um adulto, maduro, ou pelo menos devia ser... Era SOCIAL, direito igual para todos, e algumas diferenças para equilibrar outras diferenças, o Estado de Aristóteles, igualdade geométrica, distribuição proporcional. Mas ele falhou...
O Estado agora está se tornando um velho raquítico que não sabe para onde correr, Absolutismo? liberalismo? Os dois lados são regresso. A Brandeira do gigante está rasgada, ele acordou, mas não foi por um beijo de amor, e sim de ódio.


Esquerda também não é solução? Não bastasse a Guerra Fria, tudo parece estar se repetindo no mundo, aqueles que não conhecem a história estão Fadados a repeti-la. Quantas vezes não ouviu sobre ela? Quantas, meu Deus? Ouviu, mas não escutou! A "res" (coisa em latim) é pública, não privada, a ganância destroncou nossos dedos e só conseguimos nos sujar cada vez mais de sangue. 

O seu medo é de que sua família não seja como você imagina, os valores estão perdidos! Mas que valores? Que valores? Será mesmo que o mundo mudou tanto e não vi? Ou sempre foi assim, e agora graças aos direitos, as pessoas tem parado de se esconder e precisar serem hipócritas para se adequar.
A maioria tem medo, pois a minoria junto é grande, mas me diga, em nenhum aspecto nunca foi minoria? Em nenhum momento se sentiu repreendido? 
Sabe, o medo político é de se compreender, a economia tem estado em colapso, ano após ano, e que houve roubo, pra mim é fato incontestável. Quem roubou ou não, não vem em questão, porém, bandido não merece o poder, é claro.
Agora o pior de verdade é ver sempre o mesmo durante 20 anos, olhar para países do oriente médio e sentir que vivemos algo não tão diferente. Mas você sabe quem é o culpado? NÓS! O Brasil chegou onde chegou graças ao brasileiro.


Um livro recente que estive lendo sobre empreendedorismo falava que os dois maiores problemas do Brasil é a educação e a fome. Afinal, você consegue estudar com fome? E sabe, a fome reduziu nesses últimos 20 anos, mas a educação piorou. Durante a ditadura e como muitos esperam desse governo liberal é que melhore a educação. MAS DO QUE ADIANTA UM SEM O OUTRO, MEU DEUS? Desde que sou criança que enxergo o erro, basilar, claro, límpido e ignorado. Pão e circo? Não! Segregacionismo também não!


E agora, Giovana? Estamos numa sinuca de bico, a que ponto chegamos? Chegamos no fundo do poço, onde pessoas se veem obrigadas a votar por medo de apanharem e pessoas votam por medo da pobreza. No entanto, eu sou otimista demais para acreditar que tudo está perdido!

VOTE EM QUEM ACHAR MELHOR, REFLITA BEM NO QUE FALEI, MAS FAÇA MAIS, AJA! Agir como?

A nossa Constituição chamada de cidadã previu que esse dia chegaria, a democracia estaria em risco e a sociedade em conflito, por isso criou vários mecanismos que me fazem crer que ainda que qualquer um dos dois ganhe ainda teremos como nos salvar:

-CLÁUSULAS PÉTREAS: Para leigos, basicamente se trata de partes da constituição, tal como a formação da república e os direitos básicos das pessoas são irrevogáveis, não há lei, presidente, nem ninguém que possa derrubá-los, e devemos estar vigilante para qualquer ofensa a eles. No direito tem N mecanismos de defesas quando eles são feridos, ainda mais se diretamente ou por leis abusivas.
-Leis de iniciativas populares: A internet hoje abriu portas para propormos leis, isso mesmo, do cidadão. Nós podemos tomar iniciativa e obrigar nossos governantes a trabalhar para nós!
- Direito a protestar: Sempre, sempre, sempre temos o direto de protestar, se acharem ruim, façamos como Gandhi, resistência sem violência, greve e outros meios.
- Parar de acreditar em tudo que a mídia nos vomita: Procure se informar, estudar e entender a realidade, é bem reconfortante quando se descobre a imensidão de notícias ruins que são FAKE NEWS.
- Pare de reclamar e mude: Chega de pequenas corrupções! Trabalho, empreendedorismo e empatia são coisas que mudam o mundo. Falar mal dos outros não ajuda ninguém.

Por hoje é isso, comentários ofensivos serão denunciados, no mais estou sempre aberta ao diálogo.

Links úteis:
http://www.e-farsas.com/o-livro-aparelho-sexual-e-cia-faz-parte-do-kit-gay-distribuido-pelo-mec.html
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-45595033
https://www12.senado.leg.br/ecidadania/principalideia

domingo, 16 de setembro de 2018

EMPRESA JÚNIOR + ENEJ + OURO PRETO

Cerca de duas semanas atrás fiz uma viagem para a bela cidade de Ouro Preto, na qual participei de um evento chamado "ENEJ - Encontro Nacional das Empresas Juniores". 
Empresa Júnior, o que é isso? Uma Empresa Júnior é uma empresa gerida por universitários. Isso mesmo, os estudantes, com orientação de seus professores, desenvolvem projetos para atender ao mercado e desenvolver o empreendedorismo. 
Mas desde quando existe isso? O Movimento Empresa Júnior surgiu em 1967 na França e chegou ao Brasil no ano de 1988, onde encontrou solo fértil para geminar essa ideia. E desde então já foram fundadas mais de 6.000 empresas juniores por todo o país.
Bacana, Giovana! Porém, e como você foi parar nesse evento? Bem, eu fui para o evento pois faço parte de uma Empresa Júnior! No mês de março de 2017 participei do processo seletivo da VERUS- Consultoria Jurídica, e logo assumi uma posição de liderança, primeiramente como Coordenadora de Qualidade e depois como Diretora de Projetos. Então, no mês de junho desse ano deixei meu cargo para me tornar Conselheira e focar em outras áreas da vida, mas claro, de forma que ainda posso acompanhar o crescimento da empresa de perto e auxiliar sempre que possível.

O que aprendi no MEJ: Vocês devem estar se perguntando em que me acrescentou esse tempo dentro do movimento e da empresa, não é mesmo? Pois então, condensei meu aprendizado em cinco tópicos sucintos:

1) ME EXPRESSAR: Sempre fui uma pessoa tímida, apesar de tagarela quando entre amigos e bastante expressiva. A minha dificuldade era utilizar o potencial que eu tinha e equilibrar a timidez com meu crescimento profissional. Como potencial concurseira nunca me preocupei realmente com a necessidade de falar, mas tinha medo de que se precisasse advogar ou vender minhas obras literárias boca a boca eu travaria. 
Sim, algumas vezes quando eu ficava muito tensa, hoje acontece em baixa escala, eu simplesmente não conseguia falar. O medo de chegar nas pessoas, de dizer o que penso, de publicar meus trabalhos era muito forte. E estar em uma Empresa Júnior te obriga a lidar com outras pessoas e se desafiar, entrei completamente receosa e saí vendendo projetos. Acredita que na viagem estava vendendo meu livro e já contatei alguns profissionais para desenvolve-lo só pela desenvoltura que desenvolvi?

2)A VER A ESPERANÇA NOS OUTROS: Sou uma sonhadora nata como toda poetisa, porém, parte minha estava bem desencantada com a sociedade. Por vezes olho para a situação social, política e econômica do país e tenho vontade de sair correndo. Como pode haver tantas pessoas corruptas, pessimistas ao extremo e conformadas!
O empreendedorismo vai na contramão de tudo isso, é sobre acreditar. É mais, é sobre lutar por um país melhor, mais democrático, mais empreendedor e mais honesto. Os valores do MEJ e das pessoas que nele estão, porque sim, há um processo seletivo para participar do movimento, é maravilhoso. A sinergia de ver tanta gente com esperança nos faz ter esperança também!

3) A NÃO DESISTIR: Quantas milhares de vezes eu pensei em desistir? Tantos foram os dias que olhei no espelho e simplesmente não queria mais, não queria mais fazer tanta coisa ao mesmo tempo, não queria mais ser escritora, me perguntava se valia a pena sonhar tanto pelo concurso que almejo... 
E sabe, na Empresa Júnior também, várias vezes eu olhei para as metas, para o desafios e achei que não seria capaz. Mas a força do sonho e da perseverança me fez enxergar que não vale a pena desistir, o esforço compensa, ainda que gradualmente. Afinal, como diz o ditado "Roma não se construiu em um só dia".

4)VALORIZE AS PESSOAS AO SEU REDOR: A coisa mais bacana que vi na Empresa Júnior foi a variedade de pessoas e a função de cada uma delas. Mapeando os tipos de personalidade percebemos quão diferente as pessoas são e como elas funcionam, no dia a dia e nos trabalhos percebia claramente essa diferença. Observando isso aprendi a valorizar todos os tipos de personalidade e a amar a cada dia mais as pessoas em suas diferenças.
Encontrei muita gente bacana dentro do MEJ e mais ainda, me encantei ao ver que existem funções para todas as pessoas como elas são. Devo fazer um pequeno adendo e mencionar que foi dentro da Empresa Júnior que encontrei meu namorado, pois é, MEJ também é amor, haha.

5)FAÇA PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO!  Sim, faça planos, metas e objetivos claros para que possa tornar seus sonhos reais. Sonhar é maravilhoso. Realizar é melhor ainda. Sempre gostei de criar metas, mas nunca foram tão claras como agora. Hoje aplico planejamento estratégico em praticamente todas as áreas da minha vida. Se trata basicamente de se organizar, ser pé no chão e realizar. Seja um idealista pragmático!

E POR FIM, SOBRE O EVENTO:
O ENEJ foi um evento super diferente, conheci pessoas dos mais diversos estados do país, tinha gente do Brasil inteiro! Pude me sentir integrada com meu país e ver como apesar de diversos, ainda somos uma nação. Assisti palestras sobre representatividade nas lideranças e sobre o protagonismo feminino e consolidar meu pensamento sobre a força do exemplo. Desenvolvi um plano para salvar uma empresa e se destacar na concorrência, e foi quando descobri que dentro de mim mora um ser muito criativo. E claro, pude contemplar histórias de empreendedores que fazem do seu negócio um ambiente confortável e sustentável, como o Rony Meisler.
Fora isso, tivemos momentos para falar sobre a Brasil Júnior, representante de todas as empresas do país, sobre as conquistas das empresas e alcance no país. E sinceramente, é de admirar como universitários podem impactar o mundo, e mais ainda de saber que serão profissionais da área em pouco tempo e poderão ser pessoas relevantes. Basicamente o evento foi sobre isso, seja uma pessoa relevante!
E para os curiosos, eu passei um pouco pela cidade também, que tinha uma gastronomia típica mineira deliciosa e muitos museus. Pude visitar o Museu da Arte Sacra, o Museu dos Inconfidentes, o centro cultural na praça de Tiradentes e a Casa dos Contos. Ouro Preto é uma cidade pitoresca, tombada pela ONU faz parecer que voltamos no tempo, nos encantar e sair com beleza no olhar! Amei a experiencia e compartilho minhas impressões para te incentivar a também vivenciar algo tão maravilhoso, viaje, seja empreendedor, seja criativo, mas acima de tudo, seja você, porque você tem muito a contribuir.

terça-feira, 21 de agosto de 2018

Aos teus olhos - Crítica


Aos Teus Olhos : Poster
Data de lançamento: 12 de abril de 2018 
Gênero: Drama
Nacionalidade: Brasil
Tempo de duração: 1h 30min
Direção: Carolina Jabor

Sinopse: Rubens (Daniel de Oliveira) é um professor de natação carismático e extrovertido, que dá aulas para pré-adolescentes em um clube. Querido por todos devido ao seu jeito brincalhão e parceiro, ele se vê em apuros quando um de seus alunos, Alex (Luís Felipe Melo), diz à mãe que o professor lhe deu um beijo na boca no vestiário. Alegando inocência, Rubens é acusado pelos pais da criança e passa a ter que lidar com um verdadeiro linchamento virtual, que tem início através de mensagens de WhatsApp e explode de vez quando chega ao Facebook.

Opção: O filme começa com tensão, a música complementa a trama, uma criança indo ao campeonato de natação. O afeto da mesma para seu professor de natação e o conflito familiar parecem criar um ambiente perigoso. É então, após uma derrota no campeonato, que ocorre o fato central da trama: o pai do menino aprece no clube atordoado. O professor teria beijado seu filho. 
A falta de provas, a situação controvertida e a ausência de depoimento do menor despertam um sentimento absurdo de incerteza e de uma possível injustiça. Como que sem provas, todos poderiam incriminar socialmente e nas redes sociais ( que é o instrumento de acusação mais perigoso no longa) o possível abusador? O filme relembra casos reais como o Caso da Escola Base, em que todos profissionais de uma escola tiveram sua vida destruída por uma denúncia falsa de uma mãe desesperada e uma criança com imaginação fértil.
Na trama em questão, a preocupação e a insinuação das pessoas de que uma possível homossexualidade do professor poderia justificar ou ser a causa do alegado fato é de se preocupar. Justificar? Como se justifica um abuso infantil? E mais, como a homossexualidade  seria a causa para tal? Vários pontos controvertidos são levantados e vemos algo que se trata mais do que justiça, é uma de vingança pessoal.
Assistir "Aos teus olhos" é exatamente uma análise pessoal do fato, tal qual em Dom Casmurro, vemos um caso unilateral e temos de interpretar por nós mesmos. No caso em tela, trata-se ainda de um julgamento prévio, quantas vezes julgamos as pessoas sem sequer saber dos fatos na sua totalidade ou ouvi-las. Digo mais, quanto ainda falta para que as crianças sejam ouvidas e entendidas de modo a evitar falsas verdade? Veja o longa, reflita e tire suas próprias conclusões.

terça-feira, 31 de julho de 2018

Fantasia

Vestida de mulher, num corpo de magia
Recheada de doce de leite, chamado ambrosia
Ela é mais do que aparência e de espectros
Ela é uma espécime rara de flor africana
Pensamento de um senhor trépido
É aquela comida íbero-australiana

No fundo ela é um pouco de fantasia
Do que pensava, ouvia, escrevia e lia
É o jabuti frente a raposa lépido
É aquela espécia rara de ave americana
É uma roupa cara paga no crédito
Ela é tudo, mulher viva e que ama

quarta-feira, 4 de julho de 2018

O Papel da Parede Amarelo - Charlotte Perkins Gilman

O Papel de Parede AmareloAno: 2006 
Páginas: 112
Idioma: português 
Editora: José Olympio

Sinopse: Uma mulher fragilizada emocionalmente é internada, pelo próprio marido, em uma espécie de retiro terapêutico em um quarto revestido por um obscuro e assustador papel de parede amarelo. Por anos, desde a sua publicação, o livro foi considerado um assustador conto de terror, com diversas adaptações para o cinema, a última em 2012. No entanto, devido a trajetória da autora e a novas releitura, é hoje considerado um relato pungente sobre o processo de enlouquecimento de uma mulher devido à maneira infantilizada e machista com que era tratada pela família e pela sociedade

Opinião: Está tudo bem, está tudo bem, essas três palavras parecem permear forçosamente o início da trama. Uma mulher que entende ser amada por seu marido e não importa o quando ele a isole, cabe a ela entender que está tudo bem, ao menos é o que seu esposo médico lhe diz. Em época que a mulher pensar era visto como doença e que momentos de raiva chamados de histeria, nada mais normal.
O viés de terror, na verdade, nada mais é do que as dificuldades da realidade expostas pelo psicológico de uma mulher oprimida. A metáfora do papel de parede é essencial para elucidar a sensação de estar presa. A sensação ruim traga pelo mesmo reflete tão somente o estado emocional da protagonista.

Um livro simples,breve e denso. Escrito há mais de cem anos, esse conto trás a realidade de como a mulher era e por  vezes ainda é, sufocada seja pela sociedade ou pela sua própria família. Não perca a oportunidade de ler e entender esse breve e reflexivo livro!

domingo, 17 de junho de 2018

O príncipe encantado virou um chato

Rita Lee já falava a realidade de quando se cresce e amadurece "quem sabe o príncipe virou um chato que vive dando no meu saco...". Pois é, virou mesmo. Virou porque na verdade, é um saco esperar por aquilo que não existe...Mas vamos por partes.
Ah não, Giovana, não venha me dizer que sofreu uma desilusão amorosa e resolver criticar todos os homens do mundo? Não, moi chéri(e), eu apenas venho desfazer esse véu que encobre a realidade. Quando sabemos de algo tão importante, nos cabe compartilhar.
Agora, sabe porque o príncipe encantado virou um chato? Porque ele é uma ilusão. Um cara que quase não erra (o que por si só é surreal), é bem de vida, super descolado, apaixonado, super-maduro, talentoso, bonito e estabilizado... um cara que basicamente não existe. Mas se existisse, certamente que seria dominador, porque a sociedade o ensinou que todos devem amar os homens bonzinhos e com tantas qualidades.
O príncipe encantado seria um babaca também, diga-se de passagem. Ele se acha o bonzão. Está praticamente pagando para estar com você, afinal ele é o cara que sempre passa o cartão. Revira os olhos sempre que discorda dele e pede pra você ser boazinha. O príncipe encantado fica bravo quando você não dá o que ele quer (e você sabe do que estou falando). Afinal, ele te ama, como você pode negá-lo?. O príncipe encantado é um machista mascarado de amor da sua vida.
Os conceitos de príncipe encantado embutidos em séries, filmes, sociedade e livros, dizem que ele tem que ser tudo aquilo e ainda te amar verdadeiramente. Mas me diga com sinceridade, se ele for 'tudo isso', ele não será tão encantador, não é? No fim das contas não é bem o príncipe encantado que se quer, mas uma pessoa honesta com seus defeitos, humilde, dedicado e que a respeite, no mais o resto é bônus. Agora se vocês encontrarem um homem com tudo que vocês esperam não se impeçam de amar, mas aceite que ele não é um príncipe encantado, e isso é muito bom.


quinta-feira, 31 de maio de 2018

Cade meu chá de Rivotril?

Calma, não estou viciada em medicamento não, no entanto, admito, essa tem sido uma das minhas preocupações sociais. As válvulas de escape aparentemente medicinais que na verdade tem destruído com a saúde de seus usuários. Usuários, isso não parece o nome com que chamam quem faz uso de drogas recreativas? Ora ora, veja se medicamentos não são drogas? Drogas não recreativas é claro, mas ainda sim, drogas. Aqui não viemos para apoiar a criminalização das drogas nem taxar as pessoas de viciadas, porém, para levantar uma importante questão social.
Já parou para observar o quanto se tem tornado comum o uso de antidepressivos, calmantes, soníferos ou outros remédios com fim psiquiátricos e comportamentais? Não é vergonha nenhuma precisar de ajuda, não é vergonha estar mal, não mesmo. No entanto, não me parece saudável exaltar medicamentos tarja preta ou fortes visando alterar nosso estado psicológico cerebral. Por que você diz isso, Giovana? Certamente nunca passou por um período difícil psicologicamente..., né? Ledo engano, já passei por períodos turbulentos, de ansiedade, conturbação mental e insonia. E sabe de uma coisa? Está tudo bem! 
De fato, o nosso século é o século da depressão, ansiedade, e outras questões psicológicas, várias pesquisas indicam isso. Mas talvez nosso século seja muito patologizador, sim, quero dizer exatamente o que você acabou de ler. Como assim, o que quer dizer com isso? Quero dizer que estamos sempre nos taxando de anormal, de doentes, de ansiosos e de possuídos de 500 transtornos diferentes. Isso pode ter um lado maravilhoso, que é o da aceitação, de finalmente entender quem você é e porque é assim. Mas também pode nos aprisionar no paradoxo da eterna incompreensão (já falei disso algumas vezes aqui no blog), e todos estamos sujeitos a isso.
A minha preocupação é como estamos lidando com nossas dificuldades, será que temos nos aceitado e parado de nos taxar de estranhos, quando somos apenas singulares? Ou na verdade estamos nos enclausurando mais ainda dentro de nossas bolhas e tentado nos drogas para conseguir conviver em sociedade? Ninguém é obrigado a ser o que não é, ao menos não deveria, e muito menos obrigado a alterar seu estado mental por causa disso. Porque não trocar a o Rivotril, a Sentralina e a Fluxetina por terapia, chás, acompanhamento médico adequado (NUNCA SE AUTOMEDIQUE, PRINCIPALMENTE EM RELAÇÃO A QUESTÕES PSICOLÓGICAS), yoga, esportes, artes, música e hobbies em geral. 
Deixe as drogas e a famigerada, porém essencial, alopatia para quando realmente necessário, prescrito por médicos e para algo temporário. Os médicos mais humanistas que tive o prazer de ouvir entendem que os tratamentos muitas vezes não levam a cura, mas ainda assim não devem levar a escravização. O tratamento muitas vezes é para a vida toda, de fato, contudo, não se deixe estagnar no patamar das dificuldades, não aceite uma vida controlada por produtos químicos, uma vida controlando seu cérebro... 

*Os farmacêuticos, médicos, psicólogos, terapeutas e todos profissionais da saúde que pensem diferente são convidados a expor sua visão especializada, e debater o domínio que a alopatia de medicamentos psiquiátricos parece ter criado nas pessoas.

Mais informações em:
https://www.vladman.net/blog/diferen%C3%A7as-entre-sertralina-fluoxetina-e-paroxetina