segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

La La Land

Qual filme escolher para a primeira crítica de 2017?  Eu havia pensado em uma lista de bons filmes, mas depois de ir ao cinema, precisei deixar todos eles de lado. A pergunta correta então, seria: Ah, claro, como não falar de La La Land? Há um bom tempo que nenhum filme me deixava encantada e apaixonada desse jeito. Tudo nesse longa parece funcionar muito bem, então, tentaremos humildemente fazer uma breve análise sobre os acertos da obra.



Data de lançamento: 19 de janeiro de 2017
Direção: Damien Chazelle

Duração: 2h 08min 
Gênero: Comédia Musical, Romance
Nacionalidade: EUA
Sinopse:
Ao chegar em Los Angeles o pianista de jazz Sebastian (Ryan Gosling) conhece a atriz iniciante Mia (Emma Stone) e os dois se apaixonam perdidamente. Em busca de oportunidades para suas carreiras na competitiva cidade, os jovens tentam fazer o relacionamento amoroso dar certo enquanto perseguem fama e sucesso.
Opinião:
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Se há algumas semanas me dissessem que o melhor filme do ano seria um musical, que Ryan Gosling ganharia o Globo de Ouro ( e quem sabe o Oscar), que Emma Stone surpreenderia mais ainda e que eu iria chorar no cinema, eu provavelmente riria. Mas agora sou obrigada a dar o braço a torcer. La La Land além de surpreendente, é uma das melhores obras já feitas no cinema dos últimos anos. Não é só pela trama, ou pelas músicas, atuação, cores e coreografias, é por tudo isso junto. 
Já faz alguns meses que soube dessa produção e assisti o trailer. Digo com sinceridade que o mesmo não me convenceu, logo eu que sou um pé atrás com musicais. Porém, devido a maciça propagando em cima do filme, o Globo de Ouro e um empurrãozinho dos meus amigos precisei ir contemplar a obra logo na pré-estreia. Não me arrependo nem um pouco, até porque estou cantando a trilha sonora até agora. Mas vamos começar a falar do enredo...
A sequência inicial do filme produz um sentimento controvertido, há quem ame, quem se incomode ou quem fique dividido como eu. Os primeiros minutos contemplam a música mais chiclete do filme em que meio a um engarrafamento, as pessoas descem de seus carros para cantar e dançar. Um bom simbolismo, uma ótima música e eu com medo de que filme não fosse orgânico o suficiente. Porém, pode ficar tranquilo, depois disso a trama começa de verdade e tudo passa a se encaixar. 
Quando somos apresentados a Mia, aspirante a atriz, já nos sensibilizamos com seu sonho aparentemente tão distante e pela exímia atuação de Emma Stone. Logo em seguida, conhecemos Sebastian, o pianista sonhador, o qual deseja reerguer seu restaurante regado ao som de Jazz. Tipo musical que ele acredita estar morrendo. Possuindo uma queda por Jazz me senti convencida pela trama nesse momento, e de fato é então que a história engrena.
O destino parece unir esses personagens, e nós espectadores poderemos observar o seu relacionamento com toda sensibilidade e detalhes em suas estações. Pretendo não dar mais detalhes para te instigar. Sabe então o que de melhor também a trama possui? O contexto da "cidade das estrelas", do mundo da fama e sobre música. Além da obra ser recheada de boas músicas, cores fascinantes que se combinam perfeitamente e uma câmera bem direcionada nos detalhes. Ressalto ainda minha surpresa com a boa atuação, inclusive na música de Ryan Gosling. Esse detalhe me faz lembrar de uma das mensagens do filme, muitas vezes há pessoas talentosas que precisam apenas de uma oportunidade.
O final espetacular quebra muitos paradigmas do cinema e traz um realismo tocante. Damien Chazelle, o jovem diretor, acaba de consolidar seu espaço no cinema e abrir portas para novos filmes, cheios de intertextualidade, criatividade e verossimilhança. Agora, sinceramente, fora toda essa análise cinematográfica, o longa é tocante e dá vontade de sair do cinema cantando e dançando. Se voce não assistiu, ainda há tempo.
"Para os sonhadores que acreditam no amor
E para os apaixonados que acreditam em sonhos"

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