domingo, 17 de maio de 2015

Sonho inocente

Um conto ou apenas uma reflexão, esse texto foi escrito por mim há meses. Apesar das mudanças, a menina que o escreveu ainda continua bem aqui. Então compartilho com vocês um pouquinho da poetisa que carrego no peito.
"      A chuva caia do lado de fora do carro, mas não me atingia. Eu estava blindada pelo aço do automóvel e pela janela de vidro. Uma coisa que me fez rir muito: o vidro, tão resistente a algo tão inocente como a chuva e tão frágil a algo tão maldoso como o homem.
Às vezes na vida as coisas são assim, não parecem ter muito sentido. Como eu na infância, morria de medo de cemitério, mas na verdade devia ter medo andar na rua, com pessoas vivas! A maldade humana é tão inconsequente que chega a ser repulsiva, porque razão alguém faria mal ao seu semelhante? Mas faz!
Uma vez uma senhora da qual nem me recordo o nome me disse que a melhor coisa a se fazer para ser alguém sensível e bom, era se colocar no lugar do próximo em qualquer circunstância. E disse também que a pior coisa a fazer pra ser rico, bem-sucedido ou político era se colocar no lugar do próximo. Ironias da vida, pra se dar bem é preciso ser insensível.
Ah, não creio que isso será uma regra geral não! Talvez existam almas boas e preocupadas de alta influência, mas é um princípio que não deve partir de um. Deveria ser feita uma revolução social: Pessoas mais preocupadas, estudiosas, concisas, educadas e gentis. Mas não sou Marx e o socialismo, vou parar por aí antes de sonhar no impossível. Pensando bem, se já escrevo, é porque sou um pouco utópica. Afinal o que seria do homem sem um pouco de sonhos e esperança?"
Giovana de Carvalho Florencio








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