quinta-feira, 12 de abril de 2018

Vida para Consumo X O Livro do Bem

Nos últimos dias, em especial, tenho sentido que tudo parece fluído e ao mesmo tempo como um redemoinho em que somos fulminados pelo eterno retorno. Mas deixando de lado minhas análises filosóficas, passo aos fatos, recheados de sociologia e muito otimismo, pois ainda me resta um resquício de esperança. Ser poetisa afinal é carregar água na peneira, Manoel de Barros sabia do que falava. Venho então nesse dia, para lhes recomendar duas leituras bem diversas, mas importantíssimas para refletirmos.


Vida Para Consumo
Sinopse: Um dos mais perspicazes pensadores da atualidade, Bauman nos revela a verdade oculta, um dos segredos mais dissimulados da sociedade contemporânea: a sutil e gradativa transformação dos consumidores em mercadorias. As pessoas precisam se submeter a constantes remodelamentos para que, ao contrário de roupas e produtos que rapidamente saem de moda, não fiquem obsoletas.
Bauman examina ainda o impacto da conduta consumista em diversos aspectos da vida social: política, democracia, comunidades, parcerias, construção de identidade, produção e uso de conhecimento. E dá especial atenção ao mundo virtual: redes de relacionamento, como Orkut e MySpace, não refletem a idéia do homem como produto?
Autor: Zygmunt BaumanAno: 2008
Páginas: 200
Editora: Zahar

Opinião: Ler "Vida para Consumo" fez com que minha mente se expandisse em um nível que não consigo explicar. Ao começar a ler essa obra, você vai finalmente entender o que é o mundo líquido, e os seres humanos como mero objeto de interesse. Bauman mostra como nossas relações modernas são baseadas no momento e no que podemos lucrar com elas.

As pessoas já não amam genuinamente, se interessam por aparência, pelo que o outro pode lhe dar algo em troca, pelo prazer, por poder andar com alguém do seu lado, e outros fatores egoístas. Pelo menos isso é o que o autor afirma. Seus dados mexem conosco e a mercantilização humana tão vívida no mundo ocidental chega a dar naúses.
Talvez entregar um livro desses para uma pessoa metida a filósofa e crítica nata seja pedir para brotarem filosofias e teorias conspiratórias, mas acho que são reflexões bem válidas. O mundo parece descartável, coisas, objetos, momentos e tudo mais. Pessoas mais apegadas são caretas, piegas, fora de moda ou no mínimo estranhas. Mas afinal, o que é mais estranho, se importar ou ser "hiper descolado(a)" e nunca se importar? Fica a reflexão e indicação de leitura.




O Livro do Bem
Sinopse: Este é um livro diferente, porque é sobre alguém muito especial: você. É um espaço para você fazer coisas que vão colocar um sorriso no seu rosto e deixar sua vida mais alegre e feliz. São pequenas e grandes atitudes que vão lembrar você que tudo sempre pode ser melhor e mais divertido se a gente der uma chance, e que cada segundo da vida vale a pena até quando a gente tende a não a acreditar muito.
Este é um livro sobre amor, felicidade e alegria de viver. Mas ele só vai acontecer completamente se você topar embarcar nessa loucura fazendo-o seu de verdade. Cada minuto que você dedicar a estas páginas farão com que este livro se torne mais completo e mais seu. Então vem! E fica aqui um convite: fotografe e publique tudo o que você fizer no seu Livro do Bem nas redes sociais com tag #livrodobem. Porque o que é do BEM merece ser compartilhado!
Ano: 2014 
Páginas: 224
Editora: Gutenberg'


Opinião: Em contrapartida, o oposto de um livro ácido é um livro otimista, e diga-se de passagem que "O Livro do bem, Coisas para você fazer e deixar seu dia mais feliz" é essencial. Quantos dias estive triste ou amedrontada e abri essas páginas para ler algo bom ou escrever o quê sentia. Isso mesmo, esse livro é dinâmico, em que você é quem realizada as atividades.
Quando comprei, achei que poderia enjoar, fazer rápido como um desafio ou achar chato e nunca terminar. Porém, jamais diria que ele se tornaria meu substituto para o diário e registro de meus sentimentos. Quem diria, não é mesmo?
As autoras possuem uma página chamada "Indiretas do bem" na qual escrevem frases positivas para mandar aquela indireta para as pessoas. Pense bem, coisas para criticar temos um monte, e para elogiar também, às vezes você adora o jeito que certa pessoa mexe no cabelo e nunca falou porque acha que seria estranho. EI! Pare! Seja mais simpático, seja mais você, seja alegre, seja triste, só não seja cadeado de si mesmo!

Um comentário:

  1. Que coincidência! Um magistrado conhecido nosso citou na semana passada o filósofo Zygmunt Bauman falando sobre o tema da modernidade líquida. Ele ressaltou que a moral não mais existe, pois as pessoas não têm mais temor das consequências de não seguir o ato moral. Então, os paradigmas são líquidos, volúveis, mudam a toda hora. Interessante o tema, e agora descobri o livro que trata do assunto. Obrigado!

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