domingo, 18 de março de 2018

Panter Negra

Data de lançamento 15 de fevereiro de 2018 (2h 15min)
Direção:
Gêneros Ação, Aventura, Ficção científica, Fantasia
Nacionalidade: EUAPantera Negra : Poster

Sinopse:
Após a morte do rei T'Chaka (John Kani), o príncipe T'Challa (Chadwick Boseman) retorna a Wakanda para a cerimônia de coroação. Nela são reunidas as cinco tribos que compõem o reino, sendo que uma delas, os Jabari, não apoia o atual governo. T'Challa logo recebe o apoio de Okoye (Danai Gurira), a chefe da guarda de Wakanda, da irmã Shuri (Laetitia Wright), que coordena a área tecnológica do reino, e também de Nakia (Lupita Nyong'o), a grande paixão do atual Pantera Negra, que não quer se tornar rainha. Juntos, eles estão à procura de Ulysses Klaue (Andy Serkis), que roubou de Wakanda um punhado de vibranium, alguns anos atrás.


Opinião:Desde o lançamento de PANTERA NEGRA que estou observando os comentários das pessoas, e ficando a cada dia mais instigada a assistir o filme. No entanto, a falta de tempo me levou a postergar até o dia de ontem, quando então entendi todo o rebuliço. O filme não era apenas mais um filme brilhante de ação e super heróis da MARVEL. O longa é um condensado de reflexões sociais, ações, críticas, cultura e representatividade.Logo nas primeiras cenas vemos a explicação mítica para o surgimento de Wakanda, país super desenvolvido no meio da África, mas que escolheu viver escondido para proteger seu precioso vibranium. Porém, para isso, foi necessário deixar de ajudar todos os países ao seu redor. Fato que me incomodou desde o início e será o foco na trama. Trama talvez previsível, com um vilão bem construído apesar de simples, no entanto, em que tudo se entrelaça bem como uma rede bem costurada.Dos personagens ressalto aqui as três mulheres que considero centrais na trama: Okoye, chefe guerreira do povo, extremamente forte e centrada; Nakia, representada por Lupita - linda como sempre, aparece como a amada de  T'Challa e lutando em defesa dos povos necessitados; e Shuri, a garota prodígio que controla toda central tecnológica do país. O mais belo do longa é poder ver o total empoderamento feminino, posto como algo natural. Ainda, não há submissão de uns ou de outros, apenas equilíbrio, razão e emoção.Quanto a trilha sonora, figurino e design (fotografia), os produtores buscaram equilibrar a modernidade que Wakanda teria com a cultura tradicional dos povos Africanos, seja pelas vestes coloridas, pinturas faciais, rituais de guerrilha, cenário e música com rufos e tambores em geral. Não me julgo apta o suficiente para dizer sobre a qualidade ou profundidade da apresentação, creio apenas que foi significativo para introduzir a cultura ao resto do mundo e desmistificar um pouco as ideias eurocêntricas que ainda dominam o mundo ocidental.
E por fim, traz a tão necessária representatividade negra, discutindo temas como a subjugação dos negros durante séculos, a questão dos refugiados em geral e até mesmo dos países que se fecham sem ajudar os outros. Heróis negros reais como Mandela, Malcom X e Martin Luther King já viveram entre nós há tempos, mas enfim podemos dizer que o espaço do cinema foi aberto. Terminar o filme com o coração apertado e querendo mudar o mundo é o mínimo que se pode esperar. Desse modo, indicar a todos que o assistam é o mínimo que posso fazer.

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