quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Um Valor Que Não Tem Preço

"Não sei quantas vezes já me peguei pensando nisso, mas sabe, todo mundo tem seu valor. Não interessa quem é. Rico ou Pobre. Alto ou Baixo. Gordo ou Magro. Branco ou Negro. Entre as variadas culturas, etnias, peculiaridades e gostos. Todos têm o seu valor. Ninguém cai nesse mundo de gaiato, para ser um ninguém, ninguém é ninguém. Até o fato do não ser, já é algo. Entre o mendigo na rua, o garçom no restaurante, o advogado engravatado e o empresário multimilionário há algo em comum. Prossigo; entre o chinês, o marroquino, o norueguês, o americano e o brasileiro há muito em comum. Do jovem ao velho. Entre todos no mundo, há sempre algo em comum.
ALMA
Acredite ou não nisso. Não é preciso interligar isso a nenhuma religião. Mas me parece que há alguma coisa intrínseca ao seu humano. É essa essência impregnada que nenhum Frankenstein é capaz de criar. Está no que sentimos quando nos apaixonamos. Nesse coração que palpita quando pensa em algo que gosta. Só neurônios. Talvez. Mas esse emaranhado tão específico de genes, memórias e tudo que há de bom (ou não tão bom) é tão único e tão pessoal que é inegável como a essência da vida está em cada um de nós.
Você vive e sonha, ainda que negue sonhar. Você sente, nós sentimos. Você existe. Descartes já disse. Não adianta fugir. Não adianta se esconder por detrás de mentiras, ficções, ilusões ou segredos. Todos sabemos dessa realidade. Você, alto senhor brasileiro, poderia por alguma alteração nesse estranho equilíbrio do universo ser um baixo moço angolano? Porque não? Porque se deter à respostas prontas e tão endurecidas ao invés de entender que há tanto mais entre o céu e a terra, tão mais do que entende a filosofia... Não somos feitos para isso, meu caro? Para filosofar?
Nessa noite escura e soturna que me deixa embriagada de algum sentimento inexplicável, filosofo. É nessa noite mesmo, que eu existo. Esse pleno ato que nos une e nos dá valor. Podemos até não aceitar, mas sabemos, sabemos que todos temos valor. Todos existimos, em nossos defeitos e qualidades, erros e acertos, quedas e ascensões, corrupções ou esperanças. EXISTIMOS..."

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