quarta-feira, 14 de junho de 2017

Crítica- Capitão Fantástico

Mais uma recomendação de um caro amigo, Capitão Fantástico é um filme recente que não foi tão comentado assim, porém, eu acredito que deveria ser. A história de uma família nada convencional nos faz refletir sobre a forma como vivemos e sobre o modo educacional predominante. Esse longa me fez refletir bem mais do que eu poderia esperar, e espero que também te faça.





Capitão Fantástico : PosterData de lançamento: 22 de dezembro de 2016 
Duração: 1h 58min
Gênero: Comédia dramática
Nacionalidade: EUA
Sinopse: Ben (Viggo Mortensen) tem seis filhos com quem vive longe da civilização, no meio da floresta, numa rígida rotina de aventuras. As crianças lutam, escalam, leem obras clássicas, debatem, caçam e praticam duros exercícios, tendo a autossuficiência sempre como palavra de ordem. Certo dia um triste acontecimento leva a família a deixar o isolamento e o reencontro com parentes distantes traz à tona velhos conflitos.

Opinião: É fascinante observar esse longa, o qual consegue consegue transparecer um pouco de cada personagem. Além da fotografia, cenário e trilha sonora, Capitão Fantástico  é um dos longas de road movie mais interessantes dos últimos tempos. Com um toque de drama sem perder a comédia, o filme independente nos traz um clima meio indie cheio de sensibilidade e reflexões.
Ora, você deve estar pensando no porquê resolvi inverter a ordem da crítica e e iniciar pela análise técnica e não do enredo. É porque é exatamente isso que o filme propõe, sair do habitual e refletir. O longa não mostra um certo ou errado, mas o diferente. Conhecemos um pai e seus seis filhos tendo de sair da floresta em que viviam par ir ao enterro da falecida esposa e mãe.
Antes de qualquer outra coisa, é preciso explicar a forma com que essa família vivia. Ben e sua esposa tinham decidem criar os filhos afastados do mundo consumista e da civilização. Eles ensinam os filhos valores próprios, a independência, caçando, criando suas próprias interpretações das coisas, lendo de física quântica a filosofia. Porém, o mais interessante é que em várias cenas vemos nosso protagonista tratando os filhos como iguais, com honestidade e às vezes até escancarando a verdade.
Com críticas de como nosso modo de educação não explora a inteligência e até nos limita versus os exageros da criação de Ben quanto aos filhos, Capitão Fantástico mexe com a nossa cabeça.  Ele nos mostra a importância da educação e da criatividade para nós como ser humano e não apenas como massa de manobra da sociedade, apesar de que Ben ao isolar os filhos acabe privando estes das relações pessoais e de experiências práticas. Não bastasse a reflexão educacional, o choque de realidade dos valores dessa família atinge as mais variadas temáticas, desde a forma com que lidamos com a morte e até com o amor. É maravilhoso ver um filme que nos apresenta pontos de vista diferentes e não antagoniza nenhum personagem. Aqui todos são seres humanos, buscando o melhor, dentro de seus próprios limites. Se ficou instigado, abra sua mente e conheça esse longa fantástico.

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