quinta-feira, 29 de junho de 2017

O que os olhos não vêem, coração não sente


Resultado de imagem para cegueiraJá faz tempo que não abordo sobre política ou situações de mazelas sociais, mas isso é por uma razão. Em parte, pelo que acredito ser o mesmo motivo de grande parte da população, estamos saturados de ver e viver injustiças e conflitos. E quanto mais saturados ficamos mais ignoramos a realidade para viver em nosso próprio mundo. E isso é muito triste.
Se tornou tortuoso assistir o jornal e perceber uma tragédia atrás da outra. Se você pensa que no Brasil a situação está ruim, e realmente está, imagine no resto do mundo. O Estado Islâmico não deixou de existir, a Síria continua em conflito, os refugiados de guerra continuam em situação precária, o infanticídio ainda não cessou na China, nem a mutilação genital na África, inclusive o trabalho escravo ou análogo a escravidão ainda existe no Brasil e pelo mundo. Nós apenas tentamos 'ignorar' para sobrevivermos e não enlouquecer.
No entanto uma, reflexão pessoal e coletiva é sobre não nos isolarmos. Nem deixar que o conforto ou a estabilidade alcançada nos tire da realidade. O mundo é mais do que direita e esquerda, ocidente ou oriente, ou exatas e humanas. Não é porque não vemos as mazelas, ou porque só ouvimos falar delas na mídia que estas não existam.
O que os olhos não veem, coração não sente? Talvez o ditado fale a verdade, precisamos olhar além para compreender. Aceitar nossas impossibilidades, sem nos conformarmos. Eu não sou Mahatma Gandhi nem Nelson Mandela, sou o que sou, e com isso posso influenciar o mundo. Afinal, esse texto é também para mim, Como disse o meu caro Saramago em sua obra Ensaio Sobre a Cegueira, "Se queres ser cego, sê-los-ás."

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