Laranja mecânica

Estreia: 26 de abril de 1972

País: EUA, Reino Unido

Duração:2h16min

Gênero:Ficção Científica , Drama


Sinopse:

No futuro, o violento Alex (Malcolm McDowell), líder de uma gangue de delinquentes que matam, roubam e estupram, cai nas mãos da polícia. Preso, ele recebe a opção de participar em um programa que pode reduzir o seu tempo na cadeia. Alex vira cobaia de experimentos destinados a refrear os impulsos destrutivos do ser humano, mas acaba se tornando impotente para lidar com a violência que o cerca.


Crítica: *( contém spoilers)
Laranja mecânica é um filme futurista que retrata as mazelas sociais aliadas ao desequilíbrio mental das pessoas. O narrador e protagonista Alex é um jovem que apresenta nitidamente problemas psíquicos. Ele e seus amigos entram na casa dos outros, roubam e abusam das mulheres. Seus maus hábitos são interrompidos quando ele acidentalmente mata uma mulher e é abandonado pelos amigos. Após isso ele é preso e passa por um tratamento mental. O fim da trama é bem claro, depois de liberto, rejeitado e usado para fins políticas, o narrador continua sendo o mesmo desequilibrado do início do filme.
A crítica presente no filme se apresenta em vários detalhes. Primeiro, na aparência dessa sociedade que se demonstra fútil, exagerada e insensível. Depois, pelo desequilíbrio mental dos personagens, os quais cometem atrocidades com prazer. Outro fato que chama atenção é a religião ser apresentada como impotente. É válido também mencionar a hipocrisia social, como o fato dos seus antigos "amigos" terem se tornado policiais. E por último, é revoltante perceber a manipulação das pessoas e da sua sanidade mental em benefício dos poderosos.
O mais impactante nessa obra é a sua verossimilhança no quesito dos problemas sociais. Porque Alex era um menino jovem, fruto do meio, e suas atitudes um reflexo de toda sociedade. O próprio título do filme exemplifica todo o contexto, "Laranja Mecânica" seria o ser humano orgânico (vivo), porém uma máquina controlada pela sociedade que o cerca. A realidade demonstrada no filme é uma alusão ao controle social existente - sempre existiu e sempre existirá.Ou seja, o filme foi um forma bem ilustrativa de retratar a realidade. A sociedade corrompe, enquanto o governo manipula. O longa retratou o aspecto subversivo das pessoas de forma intensa, mas ainda assim memorável.

Comentário:
Ainda não li o livro, mas penso na possibilidade de ler futuramente ( quando criar coragem, haha). A obra prima é um clássico da cinematografia e literatura, porém muito mal interpretada. Na época, o livro e o filme chegaram a serem proibidos em alguns países, apesar de que não é de se admirar, se hoje a história choca, imagina na década de 60-70! Minha opinião pessoal é que a obra é excelente, forte, mas funciona como um verdadeiro tapa na cara. Para pessoas com estômago fraco ou muito novas, não recomendo de forma alguma! Acho que se eu assistisse alguns anos atrás esse filme, eu nem dormiria a noite, haha!

        NOTA: