quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Adeus, 2015!

"Fazer seu ano novo consiste em olhar o passado com mais doçura ,vendo as coisas boas e as ruins. Olhar pro futuro e acreditar nele . Mas acima de tudo: viver o presente!"


Começamos o ano com uma bandeja de oportunidades, e por causa disso ficamos perdidos, logo nos encontramos sem paciência. Fomos passear para arejar a mente, conhecemos Ron Mueck. Acabamos por descobrir que as mais belas coisas da vida são amar e recordar.
Tivemos nossos momentos entre famosos e descobrirmos que lado bom da Vida é se superar e que o Carnaval não é feito só de samba. 
Porque resumir as coisas assim seria uma barbárie, seria como resumir o Dia da Mulher a sutiãs queimados e ignorar o poder da voz. Porque a teoria de tudo está em cada um de nós e nossa inteligência é capaz de muitas coisas, mesmo quando o cansaço parece nos tomar.
Perante o potencial da nossa mente, o que é a beleza? Acho que a nossa própria mente é a beleza, o físico não é o melhor de nós. E ainda que seja necessário renascer, ser feliz é o essencial. Mas não falo de transformações por  puro capricho ou feita por teoremas, mas de que a vida está em nós mesmos. Mesmo que para isso seja necessário contrariar a sociedade.
Muitas vezes o céu parecer cheio de estrelas tortas, mas elas estão lá para nos mostrar que quanto mais velhos ficamos mais passamos a reparar no mundo. Porque muitas vezes é preciso guardar nossos sonhos inocentes com todas forças e abraçar o tempo e a poesia. Pois por mais que tudo pareça difícil, somos todos seres humanos e palavra alguma é capaz de resumir tudo que acreditamos.
E claro, é mágico poder fechar nossos olhos e sonhar, mas também agir, para quem sabe viver um dia um Fabuloso Destino, tal como Amélie Poulain. Isso para que nossa alma torturada sobreviva.
Às vezes, só será necessário voltar a ser criança e encontrar inspiração para manter nosso equilíbrio. Mesmo que para isso seja necessário viver algumas aventuras gregas e dizer mil vezes boa noite para quem amamos. Porque nossa mente é divertida, a poesia que o diga, aliás, quais as razões da poesia senão expressar essa imaginação louca? É importante superar a indiferença para tornar o mundo melhor. E é isso mesmo que o escritor tem como trabalho, ser simplesmente um redator do mundo para incomodar as pessoas e quem sabe mudar essa laranja mecânica.
Para um pouco, respire e imagine um mundo diferente, um mundo no qual nossas experiências de vida não nos tornem amargurados. Um mundo em que adivinhar o nome de  um livro seja uma diversão geral. Um mundo cheio de viagens e experiências construtivas.
Ah, por favor, escreva um diário da sua paixão, quero saber o que passa por essa cabecinha. Você pode ler o meu também e vamos para outro universo juntos. Mas não se engane, não falo de paixão romântica, mas daquela por algo importante para você, sejam os livros ou qualquer outra coisa. A minha paixão é o conhecimento, seja aquele do Jornal Diário, da escola ou da vida.
Fazer o que? A vida de escritor é complicada, mas é inevitável, como uma paixão desmedida e mal correspondida. E agora? Agora é abraçar a escrita e celebrar os livros e as palavras.
O que não quer dizer que não possamos às vezes tirar um dia para assistir um filme ou ir à praia, escritor também merece folga. Escritor também pode ter filhos, e precisa dar atenção para eles, para que se tornem pessoas autossuficientes e sensíveis. Não precisa ser como o pai com as palavras, mas é importante cultivar os sentimentos, para que veja as tragédias do mundo e chore por elas. E também, escritores precisam mudar de vez em quando, por fora também, porque o exterior e o interior são complementares.
Enfim, a vida é como um jogo voraz, nos amedrontando, mas nos encorajando a sermos cada vez melhores. Porque, bem, ninguém é perfeito. E se colocar no lugar do outro é a melhor pedida, afinal assim vemos os nossos defeitos e os do próximo, assim, podemos acreditar que a melhora é possível. De qualquer forma, o essencial é ter esperança; na vida, no ser humano e em si mesmo. 
Desejo-lhes um 2016 repleto de beleza interior, surpresas agradáveis, superações, desafios construtivos, paz e muito amor. 


          "Atirei-me, pois, metaforicamente, pela janela do tricentésimo-sexagésimo-quinto        andar do ano passado.
Morri? Não. Ressuscitei. Que isto da passagem de um ano para outro é um corriqueiro fenômeno de morte e ressurreição - morte do ano velho e sua ressurreição como ano novo, morte da nossa vida velha para uma vida nova.
Mario Quintana"

Nenhum comentário:

Postar um comentário