terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Trilogia Jogos Vorazes

Como falar dessa obra que me marcou tanto? Devo admitir que tinha uma birra com séries (exceto Percy, porque é o Percy ), principalmente com trilogias. Mas depois que minha irmã insistiu para ver o primeiro filme com ela e comprou os livros (Obrigada, irmãzinha) tive que conhecer. Não só me apaixonei pela história, mas pela crítica intrínseca a ela. E nitidamente o romance de pano de fundo deixou tudo mais perfeito.
Primeiramente vão as sinopses dos livros:



Jogos VorazesTítulo Nacional: Jogos VorazesAno de Lançamento: 2010Número de Páginas: 400  páginas
Título Original: The Hunger GamesEm ChamasNúmero de Páginas: 416  páginas
Título Original: Catching FireA EsperançaNúmero de Páginas: 424 páginas
Título Original: Mockingjay
Editora: Rocco
Sinopse: Após o fim da América do Norte, uma nova nação chamada Panem surge. Formada por doze distritos, é comandada com mão de ferro pela Capital. Uma das formas com que demonstram seu poder sobre o resto do carente país é com Jogos Vorazes, uma competição anual transmitida ao vivo pela televisão, em que um garoto e uma garota de doze a dezoito anos de cada distrito são selecionados e obrigados a lutar até a morte! Para evitar que sua irmã seja a mais nova vítima do programa, Katniss se oferece para participar em seu lugar. Vinda do empobrecido distrito 12, ela sabe como sobreviver em um ambiente hostil. Peeta, um garoto que ajudou sua família no passado, também foi selecionado. Caso vença, terá fama e fortuna. Se perder, morre. Mas para ganhar a competição, será preciso muito mais do que habilidade. Até onde Katniss estará disposta a ir para ser vitoriosa nos Jogos Vorazes?
Título Nacional: Em Chamas
Ano de Lançamento: 2011
Editora: Rocco
Sinopse:Depois da improvável e inusitada vitória de Katniss Everdeen e Peeta Mellark nos últimos Jogos Vorazes, algo parece ter mudado para sempre em Panem. Aqui e ali, distúrbios e agitações nos distritos dão sinais de que uma revolta é iminente. Katniss e Peeta, representantes do paupérrimo Distrito 12, não apenas venceram os Jogos, mas ridicularizaram o governo e conseguiram fazer todos – incluindo o próprio Peeta – acreditarem que são um casal apaixonado. A confusão na cabeça de Katniss não é menor do que a das ruas. Em meio ao turbilhão, ela pensa cada vez mais em seu melhor amigo, o jovem caçador Gale, mas é obrigada a fingir que o romance com Peeta é real. Já o governo parece especialmente preocupado com a influência que os dois adolescente vitoriosos – transformados em verdadeiros ídolos nacionais – podem ter na população. Por isso, existem planos especiais para mantê-los sob controle, mesmo que isso signifique forçá-los a lutar novamente.


Título Nacional: A Esperança
Ano de Lançamento: 2011
Editora: Rocco
Sinopse: Depois de sobreviver duas vezes à crueldade de uma arena projetada para destruí-la, Katniss acreditava que não precisaria mais de lutar. Mas as regras do jogo mudaram: com a chegada dos rebeldes do lendário Distrito 13, enfim é possível organizar uma resistência. Começou a revolução. A coragem de Katniss nos jogos fez nascer a esperança em um país disposto a fazer de tudo para se livrar da opressão. 
E agora, contra a própria vontade, ela precisa assumir seu lugar como símbolo da causa rebelde. Ela precisa virar o Tordo. O sucesso da revolução dependerá de Katniss aceitar ou não essa responsabilidade. Será que vale a pena colocar sua família em risco novamente? Será que as vidas de Peeta e Gale serão os tributos exigidos nessa nova guerra? Acompanhe Katniss até o fim do "thriller", numa jornada ao lado mais obscuro da alma humana, em uma luta contra a opressão e a favor da esperança.  

Seguem as dez características, as quais mais me fizeram amar essa trilogia:
1) Densidade psicológica: Os personagens tem passado, sentimentos, impulsos, emoções, todo o aspecto psíquico fui muito bem explorado. O fato da narração ser em primeira pessoa não prejudica em nada a obra, porque Katniss é uma personagem complexa em si mesma e extremamente reflexiva, o que colabora.
2) Descrições: Adoro descrições, mesmo que não as use em demasia quando escrevo. Acho sinceramente que elas acrescentam muito a obra, claro que em excesso são irritantes, mas no caso serviram para imaginarmos Panem e sua forma de vida. Como imaginar a capital sem todas aquelas descrições?
3) Roteiro inovador: A história está sempre a nos surpreender, assim como a vida. Mortes inesperadas, atitudes surpreendentes e uma gama de fatores que nos faz questionar todo o roteiro e só entender mais tarde. E devo mencionar também a intertextualidade do roteiro, ótima por sinal.
4) Verossimilhança: Eu amo quando livros conseguem fazer isso. É como se tudo aquilo fosse real, porque não é fantasiado ou cheio de maniqueísmos. Um livro pra mencionar depilação tem que ser muito bom! ( Sim, isso me marcou muito)
5) Crítica: Seja a política, sociedade do espetáculo, estereótipos, desigualdade social, infanticídio, justiça, uso de armas, fome, saúde e por aí vai. Parece que nada resiste às críticas implícitas no livro.
6) Amor: Julguem o quanto quiserem, mas inserir romance em uma trama crítica protagonizada por uma adolescente de 16-17 anos me parece bastante cabível. Diria até necessário, pois traz mais leveza a obra e explora o psicológico. Como ignorar como o romance interferiu nos jogos? Ou na disputa entre realidade e atuação sobre o amor de Peeta e Katniss? 
7) Personagens falhos: Odeio ler um livro e ver aquele personagem perfeito, ele pode nos fazer suspirar no início, mas depois se torna um chato. E todos os personagens demonstraram inseguranças, medos e fraquezas. Isso é lindo! Isso os torna mais reais ainda!
8) O nó: No final de tudo, sinto que tudo foi muito bem amarrado, dito e explicado. Alguns diriam que por isso o último livro ficou monótono, porém, gosto do resultado final. Consegui entender o contexto e as razões de tudo. Só uma coisa não foi dita: Afinal, qual o nome da mãe da Katniss? Rsrs. (Se bem que acho que poderia ser dito mais sobre a família do Peeta, mas ok).
9) Os vilões: Na verdade, não consigo definir ninguém como um real vilão, talvez o Presidente Snow seja o mais óbvio. Mas no final das contas, como na vida real, existem pessoas que fazem em sua maioria coisas ruins, pessoas, as quais querem o poder e passam por cima do mundo por ele. Ainda assim devo dizer que amei, ou melhor, detestei os vilões!
10) O fim: Apesar de algumas coisas terem me deixado muito triste, não consigo pensar em um final diferente. Foi um final belíssimo e com uma forte mensagem por detrás: a vida segue e nós temos que sobreviver, mesmo que isso seja a coisa mais dolorosa que tenhamos que fazer, o mundo continua girando e coisas ruins vão continuar a acontecer, por nossa culpa mesmo. Mesmo assim podemos encontrar uma forma de sermos felizes e manter a esperança.

"Agora estamos naquele período tranquilo onde todo mundo concorda que os nossos horrores recentes jamais deveriam se repetir ... Mas o pensamento em prol do coletivo normalmente possui vida curta. Somos seres volúveis e idiotas com uma péssima capacidade para lembrar das coisas e com uma enorme volúpia pela autodestruição"- Esperança

Resumindo: Brilhante obra que se bem lida tem muito a nos ensinar!

NOTA: 

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