segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Quem é você, Alasca?


Comprei e comecei a ler "Quem é você, Alasca?” sem muitas expectativas, apenas valorizando o autor, John Green (diga-se de passagem). Imaginei que seria uma história de amor, bonita, e provavelmente não tão feliz, conhecendo a vertente do escritor... Mas fui surpreendida por uma obra que não trata só sobre o amadurecimento de um garoto, mas sobre o ser humano.
Quem É Você, Alasca?
Título Nacional: Quem é você, Alasca? 

Ano de Lançamento: 2010 
Número de Páginas: 240  páginas
Sinopse: Miles Halter é um adolescente fissurado por célebres últimas palavras que, cansado de sua vidinha pacata e sem graça em casa, vai estudar num colégio interno à procura daquilo que o poeta François Rabelais, quando estava à beira da morte, chamou de o "Grande Talvez". Muita coisa o aguarda em Culver Creek, inclusive Alasca Young, uma garota inteligente, espirituosa, problemática e extremamente sensual, que o levará para o seu labirinto e o catapultará em direção ao "Grande Talvez".
Opinião:
O que seria o "Grande Talvez"? Acredito que todos nós sonhamos com algo que possa vir a acontecer e nos transformar, algum acontecimento fantástico. A questão é a seguinte: pode ser que esse acontecimento nunca ocorra, ou que simplesmente seja mais simples do que o esperado. Muitas vezes a mudança a qual desejamos está ali bem ao nosso alcance, talvez seja mudar de faculdade, ou sair com aquela pessoa querida ou até mesmo ler aquele livro aparentemente não tão legal que a sua tia deu de natal. Para Miles Halter a grande descoberta foi viver, abrir seus horizontes e enxergar as possibilidades. Alasca atrai sua curiosidade desde o princípio pela razão de ter coragem e ser tudo que ele não era. Porém, todos sabem que pessoas atraentes e ousadas demais escondem uma enorme complexidade psicológica. E essa personagem nos oferece muito a se conhecer. Ela busca na bebida, no cigarro, no sexo e também nos livros algo que preencha seu vazio existencial. Miles é um buscador de últimas palavras, como se elas resumissem toda vida. De fato, os dois se encontram equivocados. O livro petisca um pouco da filosofia a fim de por ordem a essa bagunça, mas nos conduz a uma trama surpreendente com final suave. O livro é marcado por datação de antes e depois de um acontecimento central. A grande jogada do livro está em deixar a resposta final para o leitor. Porque no final das contas, a vida é algo que muitas vezes nos foge e há muito no mundo o que não sabemos, e talvez nunca saibamos.




Nenhum comentário:

Postar um comentário