quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Uma ano de Charlie

Discordar, mas respeitar

As muitas revoluções que existiram, tal como a Francesa, o surgimento da sociologia e de vários teóricos foram passos decisivos para uma das maiores conquistas do homem moderno: a liberdade de expressão. Expor a sua opinião e inclusive criticar é um direito conquistado em muitos países. No entanto, será que existe algum limite para essa liberdade?
Recentemente, o país de uma das mais famosas revoluções serviu de palco para o atentado ao jornal Charlie Hebdo (e posteriormente os ataques de Novembro em Paris). Pelo que sabemos, os assassinos  decidiram se vingar dos insultos dos cartunistas à religião. Ambos os lados tiveram sua parcela de culpa, matar é crime, mas desrespeitar a opinião- no caso a religião- do próximo também não é certo.
No Brasil, a conquista da liberdade de expressão é recente. Durante a ditadura militar, a população foi reprimida e impedida de mostrar o seu ponto de vista. Quem se opunha a isso, podia ser preso, deportado ou até morto. Dessa forma, é possível perceber como atentados à livre expressão ocorreram e ainda ocorrem por toda parte. Hoje vivemos em um estado laico e democrático, o que não significa que podemos ofender o outro, independentemente de qual lado da situação nos encontremos. Afinal, a ofensa e o deboche ferem as pessoas e podem ter consequências catastróficas.
Para conviver em sociedade é preciso de um limite. Porque todos somos diferentes e possuímos as mais diversas opiniões, as quais merecem respeito. Este que nada mais é do que o bom senso ao expor sua visão. Ou seja, é possível discordar sem ofender, até porque a liberdade não nos isenta das consequências. Assim como as nossas crenças não devem ferir ninguém. Há uma linha muito tênue entre a civilidade e a barbárie, esta corda pode ser rompida quando entramos no espaço alheio. Acima de tudo é vital a participação do indivíduo no bom uso da liberdade, até porque, direitos e deveres são uma via de mão dupla.

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