quarta-feira, 29 de março de 2017

Beauty and the Beast

Sinto ser uma grande responsabilidade realizar a crítica do remake de um filme tão conceituado como A Bela e a Fera. Maior responsabilidade, porém, foi do diretor que se responsabilizou por gravar o antigo longa infantil em live-action. Com grandes expectativas desse desenvolvimento não pude deixar de conferir no cinema a magia do clássico. E devo admitir, eu não me arrependi, foi um filme muito prazeroso de se assistir e um tanto quanto nostálgico.



Data de lançamento: 16 de março de 2017 
Duração: 2h 09min
Direção: Bill Condon
Gêneros: FantasiaRomanceMusical
Nacionalidade: EUA

A Bela e a Fera : Poster
Sinopse: Moradora de uma pequena aldeia francesa, Bela (Emma Watson) tem o pai capturado pela Fera (Dan Stevens) e decide entregar sua vida ao estranho ser em troca da liberdade dele. No castelo, ela conhece objetos mágicos e descobre que a Fera é, na verdade, um príncipe que precisa de amor para voltar à forma humana.

Opinião: O filme começa nos apresentando a cena clássica de abertura, na qual o príncipe é enfeitiçado e condenado a ser uma fera, isto é, a menos que alguém se apaixone por ele até o cair da última pétala da rosa vermelha. Então, acompanhamos o belo cenário do castelo se transformar, seguido de uma cena no pequeno vilarejo no interior da França. Uma das grandes sacadas do longa é exatamente a contextualização da obra na inserção de cenas extras para suprir a lacuna de tempo.
A mágica da fidedignidade do filme de 1991 segue com pequenas cenas extras e alterações necessárias para a verossimilhança da obra e até para a possibilidade de concretização digital, como a alteração no design da "Mrs. Potts". Ou ainda com a explicação mais lógica do porque o pai de bela chegou ao castelo com a queda de uma árvore. Essas minúcias conduzem a história a um bom nível de qualidade.
As grandes alterações partiram do pressuposto do passado dos personagens. Por exemplo, LeFou e Gaston acabam de voltar da guerra, na qual Gaston demonstra ter tido sede de sangue e seu fiel companheiro demonstra ter interesses secretos por seu amigo. A melhor explanação dos personagens nos leva a simpatizar melhor com eles ou antipatizar com a vilão bem mais expressivo. 
Ainda nessa linha de pensamento, é possível encontrar breves comentários sobre a criação da Fera que o levaram a superficialidade e a encobrir seus sentimentos. Admito que esperava um maior susto por parte da Fera em algumas cenas, mas me parece que nesse longa o quiseram deixar mais bonzinho do que nunca. Enquanto isso,  a Bela ficou mais independente e bem resolvida do que já era, graças a atuação de Emma Watson. Ainda, o roteiro traz algumas cenas dramáticas sobre a mãe de Bela, as quais não me pareceram tão necessárias, porém, não fizeram mal.
Tendo em vista, o peso de reconstruir uma obra tão renomada como A Bela e a Fera, trazer o contexto da época, e ainda atender o público moderno, não posso deixar de dar crédito a obra. Pode não ser o melhor filme do ano, mas definitivamente é um dos que vale a pena assistir. Agora, o melhor mesmo, definitivamente são as novas canções, que sim, eu amei.

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