terça-feira, 19 de abril de 2016

Comemorações do mês


Marmelada de banana, bananada de goiaba, Goiabada de marmelo... É só começar a tocar essa música que todo mundo volta a ser criança, não é mesmo? Monteiro Lobato, Ana Maria Machado, Ruth Rocha, Pedro Bandeira, Cecília Meireles, Ziraldo, Maurício de Souza, Maria Clara Machado e Lygia Bojunga são só alguns dos autores que preenchem o universo da literatura infantil nacional. 
Bem, mas a homenagem hoje vai para dois escritores, o primeiro já contemplado na abertura dessa matéria, Monteiro Lobato, e seu vínculo com o Dia Nacional do Livro Infantil (18-04). Instituído em 2002, o dia de nascimento de Lobato se tornou mais um marco para o mês da literatura infantil. Lobato foi o primeiro escritor brasileiro a se preocupar com esse público alvo e fez seu trabalho com louvor, tanto que Sítio do Pica- Pau amarelo (nascido em 1920) se tornou uma obra eternizada percorrendo gerações e gerações. Há outro detalhe que torna sua obra tão peculiar e brasileira, a cultura fica clara pelo folclore, costumes e até hábitos alimentares.
E é então que chegamos à pergunta: Mas porque Abril é o mês da literatura infantil? Porque também dia 02-04 se comemora o Dia Internacional do Livro Infantil, sendo que essa é a data em que nasceu o escritor dinamarquês Hans Christian Andersen(1805). Ele foi primeiro a adaptar histórias para o público infantil, sendo autor dos clássicos "O Patinho Feio", 'A Pequena Sereia" e "A Polegarzinha". A data foi instituída pela “International Board on Books for Young People” - IBBY ( Junta Internacional de Livros para Crianças) em 1967. Neste mês, a organizaçãorealiza uma série de eventos como o Prêmio Hans Christian Andersen, considerado o Nobel da Literatura Infantil.  A IBBY escolhe um escritor infantil de um dos 75 países que representa para homenagear. Em 2016, o escolhido foi Monteiro Lobato. 
A literatura infantil é essencial na construção da infância de cada um de nós e no incentivo da leitura em geral. Quanto mais cedo se toma gosto pela leitura, mas poderemos aproveitar da mesma. Aliás, nunca é tarde para ler os clássicos infantis, mesma se não for mais tão criança assim. Além disso, temos como obrigação moral repassar esse universo lindo da leitura infantil para nossos filhos, sobrinhos, netos, enfim, para geração futura. Quem sabe se o mundo fosse um pouco mais leitor teríamos mais compreensão e diálogo.


Parte II
Falando de cultura, porque não falar sobre o Dia do Índio? Criada em 1943 a comemoração do dia 19 de abril surgiu durante o governo de Getúlio Vargas. A data foi proposta em 1940 pelas lideranças indígenas no “Primeiro Congresso Indigenista Interamericano” no México. Eles haviam faltado os dois primeiros dias do congresso com receio de não serem ouvidos e só apareceram no dia 19 de Abril. E depois, O Brasil passou a adotar a data.
Nesse dia ocorrem várias comemorações, especialmente nas escolas e museus, em memória a cultura indígena.  Essa data é muito importante para refletirmos sobre a preservação da cultura indígena e respeito aos povos indígenas ainda existentes. É triste ver como muito da cultura nacional esta sendo perdida aos poucos. E é nesse ponto em que entra a educação, mais uma vez temos a obrigação moral de ensinar nossas crianças o respeito à cultura indígena e sua importância na formação do país. E claro, porque não vamos nós mesmos começarmos refletindo e tomando conhecimento da nossa cultura nacional?




Fonte: 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_Internacional_do_Livro_Infantil
http://brasilescola.uol.com.br/datas-comemorativas/dia-nacional-livro-infantil.htm
http://www.suapesquisa.com/datascomemorativas/dia_do_indio.htm
https://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_do_%C3%8Dndio

terça-feira, 12 de abril de 2016

Conto- "Essência"

"Marcela estava ansiosa, como era de se esperar, afinal, esperava por aquele dia há anos. Entrar no Ensino Médio seria como seu passaporte oficial para a adolescência, isto é, em sua visão. Sendo sempre uma garota pequena, todos lhe davam 11, 12  ou 13 anos no máximo. Sendo que ela recém completara 15 anos! Mas agora as coisas iriam ser diferentes, ela pensava.
Assim que pisou os pés na escola, sentiu-se diferente. Fichário na mão, materiais apostilados e várias matérias novas. Sabia que teria de começar a se preocupar com o vestibular, mas isso seria mais pra frente. Sua cabeça estava a mil e seu estomago embrulhado. Ela subia as escadas lentamente como se quisesse aproveitar cada sensação. Foi então que chegou a porta de sua nova sala.
Mais alguns passos e já estava lá dentro, então avistou seus amigos sentados à frente, como sempre. Sentou toda animada e abriu o livro cheio de novidades, algumas nem tanto. Sentia um impasse interno, parte de si não queria que nada mudasse, outra gostava de toda aquela situação. Ainda confusa em sua mente percebeu o professor chegar...
Quando chegou a hora do intervalo ficou animada-desanimada ao perceber algumas turmas do fundamental. Quer dizer, tinha amigos mais novos, então vê-los seria bom, mas por outro lado, era como se no intervalo nada tivesse mudado. Betina, sua amiga, agiu mais estranho com essa coisa de Ensino Médio do que ela esperava. Isso foi quando um conhecido dela chegou à mesa em que estavam para puxar conversa, mas ela o tratou friamente.
- Você não pode tratá-lo assim só porque agora está no Ensino Médio. Isso nem significa tanta coisa, nossa vida pode ir mudando, mas nunca podemos deixar que isso mude nossa essência!- Marcela falou sem pensar.
Foi então que se deu conta da infantilidade com que estava agindo. O que pensava? Que ficar mais velha iria torna-la melhor? Que aquilo tinha algum real significado? Estava se estapeando mentalmente por sua imaturidade. Mas antes que pudesse se culpar por algo totalmente sem sentido ouviu a risada de Betina.
- Oi? Amiga, eu nem ligo pra essa coisa de Ensino Médio. Eu só o tratei assim porque estamos brigados, mas aposto que vamos nos arrumar em breve. 
- Sério? Desculpa, acho que estou viajando com tanta mudança assim.
- Relaxa, faz parte. Um dia você vai se lembrar disso e rir!

E assim mesmo se concretizou sua profecia, alguns anos depois quando se lembrou do fato, Marcela deu uma longa risada. Ela sabia então que a vida era tão mais, tantas evoluções mais viriam. E se ela não permitisse, nenhuma delas alteraria sua essência. Nenhuma."

terça-feira, 5 de abril de 2016

O Clube dos Cinco

Bem, admito que gosto de filmes antigos. Quer dizer, acho que eu realmente não me importo com a idade do filme. Filmes bons são bons independentes da idade, ou vai me dizer que Titanic não continua sendo emocionante? De qualquer forma, eu já tinha ouvido falar muito bem desse filme e curiosa que sou tratei de assistir. E devo dizer que não me arrependi em nada.


Lançamento 
Dirigido por
Duração1h37min
GêneroComédia dramática
NacionalidadeEUA

Sinopse


Clube dos CincoEm virtude de terem cometido pequenos delitos, cinco adolescentes são confinados no colégio em um sábado, com a tarefa de escrever uma redação de mil palavras sobre o que pensam de si mesmos. Apesar de serem pessoas completamente diferentes, enquanto o dia transcorre eles passam a aceitar uns aos outros, fazem várias confissões e tornam-se amigos.



Opinião: Eu já havia gostado do trabalho de John Hudges em "Curtindo a Vida Adoidado'(Ferris Bueller's Day Off) , então não esperava nada menos desse filme. Com uma veia mais dramática, a trama consegue manter o bom humor e realizar seu trabalho de quebrar estereótipos com sucesso. Os cinco personagens são "completamente" (a princípio) diferentes uns dos outros. Sendo obrigados a passar quase nove horas na companhia uns dos outros, eles acabam por se conhecer melhor. John Bender o encrenqueiro da turma, demonstra suas razões particulares para tanta revolta. Brian( o nerd) se cobra demais e também é muito cobrado pela família. Claire (a patricinha) tem insegurança quanto a sua família e seus relacionamentos amorosos - ou a falta deles. Andrew (atleta) se sente pressionado pelo pai, principalmente para seguir um estereótipo de atleta. E finalmente Alisson Reynolds, a garota estranhamente quieta do grupo, que se sente ignorada por tudo e por todos. De acordo com o tempo, eles vão revelando seus segredos, as razões por estarem ali e inseguranças. Todos têm um pouco de medo em relação ao futuro e em se tornarem adultos. Ao final do filme, já estamos bem familiarizados com os personagens. A conclusão perfeita da trama é quando Brian realiza uma redação sobre o dia deles e com palavras sucintas ele os denomina O Clube dos Cinco (The Breakfast Club). Se você gosta de filmes sensíveis, que tratem sobre a vida ou simplesmente gosta de um bom clássico cult não espere para assistir essa bela história.

segunda-feira, 28 de março de 2016

Justiça



                                                    Ela estava lá, parada
                                                               Na frente da fachada
                                                                            Como sempre imponente
                                                                                   Em seu bronze reluzente
                                                                                       Trivial eram suas implicações
                                                                                          Essencial suas conclusões
                                                                                           Era- é- cega para o melhor
                                                                                          Porém, isso tem sido vão
                                                                                       Não vê nada do pior
                                                                                     Vive escondida e sem pão
                                                                                Sua balança pende para o lado
                                                                           No entanto, o fato é ignorado
                                                                       Sua roupa despenca de ambos lados
                                                                    Está nua, exposta e vulgazida
                                               
                                                        Sua pátria
                                                   a                       ignora
                                    a botaram                          para penhora
                                        como se                       estivesse
                                                        a venda!
                             

             

terça-feira, 22 de março de 2016

Reflexões perdidas

"Estava a refletir sobre a vida ao som de meu querido Beethoven, quando cheguei a minha máxima: A deturpação dos ideais é um dos grandes males da humanidade. Ah, como dizia algum cantor por aí:
Meu partido
É um coração partido
E as ilusões
Estão todas perdidas
Os meus sonhos
Foram todos vendidos
Tão barato que eu nem acredito
Ah! Eu nem acredito¹
A grande diferença entre o homem e o animal está na comunicação. por nos comunicarmos melhor ( com palavras, escrita, arte...) é que nos organizamos, construímos coisas, juntamos ideiais e criamos ideologias. Ideologia, eu quero uma pra viver...
Sinceramente creio que todos idealistas da humanidade ficariam envergonhados em nos verem. Soubessem eles as guerras e mortes que geraram. Talvez tivessem se escondido em cavernas, quem sabe aquela mesma de Platão.
Criamos utopias para uma sociedade cheia de distopias. Mascaramos nossas próprias falhas. Massacramos os sonhadores e revolucionários. Ignoramos a própria realidade. 
Enquanto continuarmos apenas criticando sem fazer nada para mudar. Enquanto nos contentarmos em beneficiar apenas a nós próprios, gritar: morte, e outras parafernálias todas. Enquanto formos corruptos e criticarmos nossos representantes, sendo que são nosso próprio reflexo. Enquanto não mudarmos a política de verdade. Enquanto continuarmos sendo ignorantes e ingênuos. Bem, então ainda seremos apenas hipócritas e bobos gritando por um tiro no próprio pé.
Assitia TV esses dias e enxerguei um ciclo infinito. A cena se repete 500 vezes. Pois como já dizia algum pensador por aí, se não conhecermos o passado estamos fadados a repeti-lo². Será que há coisa pior do que isso?
Admito, não acredito que os do poder sejam santos e acho que seria positivo trocar a mamata. Mas colocar outra mamata resolveria muito? Esqueceríamos-nos de cobrar, como temos feito nos últimos 20 anos? Faríamos reforma política? Ou estamos tão cegos e manipulados pela mídia e poderosos que sabemos apenas levantar bandeiras e discutir com os "adversários compatriotas"?
Às vezes me pergunto até que ponto Aristóteles queria ir quando disse que éramos animais políticos. Porque quando vejo nossa federação tão fragmentada e as pessoas tão despolitizadas na maior parte do tempo, sinto que somos apenas massa de manobra de alguns poucos poderosos. Estou errada? Ou sou a única que vê as palavras de Maquiavel se concretizando até hoje? Afinal, se ditatoriar ou roubar um país por um fim desejado não é acreditar que os fins justificam os meios? 
Afinal: Que país é esse? ³"

¹ Ideologia- Cazuza
² George Santayana
³ Legião Urbana

terça-feira, 15 de março de 2016

Resenha -Como eu era antes de você

"Como eu era antes de você" é daqueles livros que eu já tinha lido algumas resenhas e colocado na minha lista de desejo. Mas foi definitivamente quando saiu o trailer do filme que eu decidi ler por vez e passar até na frente dos outros ( sorry, livros na lista de espera). Fiquei meio chateada em como não tinha lido antes, porque diga-se de passagem: esse livro é de virar seu mundo de cabeça para baixo.
Como Eu Era Antes de Você

Ano: 2013 

Editora: Intrínseca

Páginas: 320
Sinopse: "Aos 26 anos, Louisa Clark não tem muitas ambições. Ela mora com os pais, a irmã mãe solteira, o sobrinho pequeno e um avô que precisa de cuidados constantes desde que sofreu um derrame. Sua vidinha ainda inclui o trabalho como garçonete num café de sua pequena cidade - um emprego que não paga muito, mas ajuda com as despesas - e o namoro com Patrick, um triatleta que não parece muito interessado nela. Não que ela se importe.

Quando o café fecha as portas, Lou é obrigada a procurar outro emprego. Sem muitas qualificações, consegue trabalho como cuidadora de um tetraplégico. Will Traynor tem 35 anos, é inteligente, rico e mal-humorado. Preso a uma cadeira de rodas depois de ter sido atropelado por uma moto, o antes ativo e esportivo Will agora desconta toda a sua amargura em quem estiver por perto. Sua vida parece sem sentido e dolorosa demais para ser levada adiante. 
Uma comovente história sobre amor e família, Como eu era antes de você mostra, acima de tudo, a coragem e o esforço necessários para retomar a vida quando tudo parece acabado."


Sobre o livro: A priori parecia que o mundo que o título se referia a vida de Will, o brilhante protagonista. Will é uma pessoa bastante peculiar, não só pela sua condição física (tetraplegia), mas pela sua personalidade sempre ácida e sarcástica. Lou é a protagonista dinâmica, agitada e colorida- literalmente, pelas suas roupas, ela tem roupas bem diferentes.
A meu ver o grande choque entre os personagens é a mentalidade, diferença maior até do que a condição física. Will é um cara viajado, aventureiro, estudado e sonhador- e o acidente põe fim a tudo isso. Enquanto Lou é uma garota com vida parada, trabalhando no mesmo lugar há 7 anos, um namoro morno de anos também e nenhuma aspiração. Quando desempregada acaba por aceitar o emprego de cuidadora.
Com um começo arredio, os dois se aproximam e acabam por se tornar amigos. O relacionamento dos deles flui a uma coisa linda que transforma  a vida de Louisa. Mas há um segredo que a família de Will- e acima de tudo, o próprio WIll- carrega que será capaz de mudar tudo. 

Minhas considerações finais: Esse livro mexeu comigo, vibrei, me emocionei e refleti. Não é um drama qualquer, é drama, romance, comédia e várias lições. Se você quer um livro de qualidade, bem escrito, com uma excelente escritora e uma história tocante, está mais do que intimado para ler esse livro ( e ir no cinema depois, se quiser, haha)!

terça-feira, 8 de março de 2016

Feliz Dia da Mulher!


Estava lendo quando me deparei com um quase conto de fadas, parei para olhar a capa, de novo, era a Constituição Federal. Na verdade, fico impressionada em ver como somos justos na nossa legislação, mas na prática... Porém, vamos deixar esses pormenores para outra circunstância, hoje quero falar sobre um trecho em específico:

Art.5º I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição.
Hoje é o dia da mulher e tem algo muito importante a ser tratado: a igualdade de gênero. Pode parecer um assunto chato ou repetitivo, já que se fala cada vez mais sobre, porém, é porque nunca houve tanta preocupação com ele.
 A discrepância de gênero começou lá na Grécia antiga, de onde herdamos nossas tradições políticas, manifestas até hoje. A diferença biológica é natural e existe desde que o mundo é mundo, dizer que homem e mulher são iguais é tão tolo quanto dizer que todo homem é igual(ou vai dizer que nunca ouviu isso?). Ninguém é igual a ninguém, porém sabemos que temos direitos e deveres iguais, sendo assim o justo e bom é o respeito mútuo, independente de sermos homem ou mulher.
Obrigada aos homens que sabem disso e demonstram no dia a dia. Obrigada aos que lembraram hoje da gente (só hoje?). E um: “por favor, cresça!” aos que ainda não aprenderam a serem igualitários. Eu, você, sua mãe, seu pai, seus amigos, seu vizinho, todos temos direito de escolha e deveres, é claro. E lembre-se: Se não comprimirmos nossos deveres não estamos aptos para exigir nossos direitos!

Viva a igualdade, viva os homens (no dia de vocês vamos comemorar, ok?), viva ao fim  do abuso para com as mulheres ( físico, verbal, psicológico...), viva a sociedade do futuro, viva a uma constituição, que se torne real!